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Estudantes de Hong Kong consideram encerrar protestos

Federação de Estudantes de Hong Kong vai decidir na próxima semana se pedirá aos manifestantes que levantem acampamento

Joshua Wong: líderes estudantis conversaram com autoridades de Hong Kong em outubro, mas não conseguiram romper o impasse (Bobby Yip/Reuters)

Joshua Wong: líderes estudantis conversaram com autoridades de Hong Kong em outubro, mas não conseguiram romper o impasse (Bobby Yip/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 08h42.

Hong Kong - Um dos principais grupos estudantis que lideram as manifestações pró-democracia em Hong Kong disse nesta quinta-feira que considera encerrar os protestos de mais de dois meses em ruas da cidade controlada pela China.

A Federação de Estudantes de Hong Kong vai decidir na próxima semana se pedirá aos manifestantes que levantem acampamento, apesar de não terem conseguido atingir seu objetivo de garantir a livre inscrição de candidatos para a eleição do próximo líder da cidade em 2017.

"Algumas pessoas querem ficar até o último minuto, e nós respeitamos isso, mas não podemos ocupar sem significado", disse a porta-voz da federação, Yvonne Leung, a uma rádio local. "Vamos decidir na próxima semana se ficamos ou recuamos." A federação é um de vários grupos que lideram os protestos na ex-colônia britânica. Alguns membros de outro grupo estudantil, o Scholarism, iniciaram uma greve de fome, enquanto líderes do movimento pró-democracia "Occupy Central" se entregaram para a polícia na quarta-feira e pediram o recuo dos estudantes.

Os líderes estudantis conversaram com autoridades de Hong Kong em outubro, mas não conseguiram romper o impasse depois que o governo disse que a demanda deles por inscrições abertas de candidatos era impossível sob a legislação da ex-colônia britânica.

Hong Kong voltou ao regime do Partido Comunista chinês em 1997 sob a fórmula "um país, dois sistemas", que concede certa autonomia em relação ao governo de Pequim e tem a promessa de buscar o sufrágio universal. A China autorizou uma votação livre em 2017, mas apenas com candidatos aprovados previamente por Pequim.

No auge, os protestos chegaram a reunir mais de 100.000 pessoas nas ruas da cidade, mas o número caiu drasticamente para algumas centenas.

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