Armas: um adolescente matou 17 pessoas e feriu outras 17 com um fuzil de assalto AR-15 comprado legalmente (Alex Wong/Getty Images)
AFP
Publicado em 20 de abril de 2018 às 09h18.
Última atualização em 20 de abril de 2018 às 09h22.
Miami - David e Lauren Hogg, dois dos estudantes da Flórida que empreenderam uma campanha contra a venda livre de armas nos Estados Unidos, lançarão um livro sobre o ativismo nascido após o ataque a tiros em sua escola em Parkland, anunciou a editora.
O livro terá o título "#NeverAgain, a new generation draws the line" (#NuncaMais, uma nova geração impõe o limite) e será lançado em inglês em 5 de junho deste ano, informou a Penguin Random House.
David Hogg, de 18 anos, e sua irmã Lauren, de 14, sobreviveram ao ataque de 14 de fevereiro à escola Marjory Stoneman Douglas, em que Nikolas Cruz (19) matou 17 pessoas e feriu outras 17 com um fuzil de assalto AR-15 comprado legalmente.
Após o ataque, os Hogg, junto com um grupo de colegas da escola, iniciaram o movimento #NeverAgain (Nunca Mais), que deu uma sacudida ao até então adormecido debate sobre a venda de armas em um país onde sua posse é um direito garantido pela constituição.
"Com força moral e clareza, uma nova geração deixou claro que está em suas mãos resolver problemas antes considerados insolúveis devido a poderosos lobbies e covardia política", disse a editora em um comunicado na quarta-feira.
David Hogg escreveu no Twitter que ele e sua irmã usarão "o dinheiro do livro para ajudar a curar a comunidade" após o ataque.
O jovem, que aspira a ser jornalista, estava escondido em um armário durante o massacre, quando seu instinto o levou a filmar entrevistas a outros estudantes com que se escondia. Desde então, tem sido um dos protagonistas do movimento contra as armas.