São Paulo – Saúde, nutrição, educação, participação econômica e participação nos processos de decisão. São esses os fatores que determinam as chances que meninas e mulheres têm de se desenvolverem plenamente e de terem acesso a oportunidades que possam tornar a suas vidas melhores. Em muitos países, contudo, essa é uma realidade que dificilmente se concretizará.
É o que mostra o relatório Poverty is Sexist (Pobreza é Sexista, em português) que é produzido pela organização não governamental One. Divulgado nesta semana em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, o estudo tem como objetivo investigar a situação das meninas e mulheres em diferentes países do mundo e determinar quais deles oferecem os piores cenários.
Para tanto, foram avaliados 166 países a partir de uma série de aspectos relacionados ao dia a dia de qualquer pessoa, mas com foco no sexo feminino. Entre eles estão a quantidade de anos que elas atendem a escola, a proporção delas que têm contas bancárias e as chances de morrerem durante o parto. Todas as informações foram obtidas a partir de estatísticas de entidades como a ONU, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Banco Mundial.
Dos países eleitos como os mais difíceis para quem nasce mulher, 18 estão entre os menos desenvolvidos, de acordo com a ONU, enquanto 13 são classificados como os mais frágeis, segundo o Banco Mundial. Confira abaixo:
Níger é o país que causa as maiores preocupações e cuja situação é descrita pelos pesquisadores como "inaceitável". De acordo com a organização, as meninas desse país estudam 16 meses a menos que os meninos. Além disso, apenas 2,6% das mulheres com mais de 15 anos de idade possuem uma conta bancária e uma em cada 20 poderá morrer durante o parto.
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1. Igualdade de gênero
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1/28 (Ingram Publishing/ThinkStock)
São Paulo – Nos últimos dez anos, a desigualdade entre homens e
mulheres na
saúde,
educação,
economia e
política reduziu apenas 4%. É o que mostra o
Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2015, um abrangente estudo realizado
anualmente pelo Fórum Econômico Mundial e que tem como objetivo monitorar as disparidades de gênero no mundo. Divulgado há poucos dias, o estudo investigou a situação em 109 países a partir de quatro indicadores. Veja abaixo:
A partir da análise desses quatro pilares, o relatório classificou os países de acordo com os seus desempenhos gerais e também segundo as suas performances em cada um deles. Quanto mais próxima de 1 é a pontuação de um país, mais igualitário ele é naquele aspecto. Em relação aos
resultados de 2014, são poucas as surpresas do ranking que novamente tem o seu topo ocupado por países escandinavos. Contudo, sequer a
Islândia, que reina pelo segundo ano consecutivo na 1ª posição, obteve a nota máxima geral. A igualdade de gênero, portanto, ainda é uma meta a ser atingida por todos os países. Entre os países latinos, o mais bem colocado é a
Nicarágua, que está na 12ª colocação, mas registrou queda de seis posições na comparação com desempenho de 2014. Já Ruanda, que estreou entre os primeiros colocados no ano passado, subiu uma colocação e está em 6º. No que diz respeito ao Brasil, o cenário é desastroso. No ano passado, o país ocupava a 71ª posição, mas caiu para 85ª colocação em 2015. O desempenho parece ter sido puxado para baixo pelas baixas notas obtidas nos indicadores “participação econômica” e “capacitação política”. O país foi incluído ao final da matéria para fins de comparação. Nas imagens, confira quem ocupa as 25 primeiras posições do
ranking.
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2. 1. Islândia
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2/28 (Parys e JimmyLung/ThinkStock)
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3. 2. Noruega
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3/28 (William87/ThinkStock)
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4. 3. Finlândia
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4/28 (Alexander Shalamov/ThinkStock)
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5. 4. Suécia
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5/28 (Tobias Ackeborn/ThinkStock)
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6. 5. Irlanda
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6/28 (Bbthomas/ThinkStock)
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7. 6. Ruanda
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7/28 (Akillah/Flickr/Creative Commons)
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8. 7. Filipinas
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8/28 (Vincentlecolley/ThinkStock)
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9. 8. Suíça
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9/28 (PeteSherrard/ThinkStock)
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10. 9. Eslovênia
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10/28 (Kasto80/ThinkStock)
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11. 10. Nova Zelândia
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11/28 (New Zealand Defence Force/Flickr/Creative Commons)
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12. 11. Alemanha
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12/28 (Adam Berry/Getty Images)
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13. 12. Nicarágua
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13/28 (One Drop/Flickr/Creative Commons)
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14. 13. Holanda
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14/28 (Travnikovstudio/ThinkStock)
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15. 14. Dinamarca
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15/28 (William87/ThinkStock)
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16. 15. França
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16/28 (Getty Images)
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17. 16. Namíbia
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17/28 (Lucian Coman)
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18. 17. África do Sul
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18/28 (Monkeybusinessimages/ThinkStock)
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19. 18. Reino Unido
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19/28 (Rob Stothard/Getty Images)
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20. 19. Bélgica
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20/28 (Bem Pruchnie/Getty Images)
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21. 20. Letônia
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21/28 (Kaspiic)
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22. 21. Estônia
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22/28 (William87/ThinkStock)
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23. 22. Bolívia
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23/28 (Cultura de Red/Flickr/Creative Commons)
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24. 23. Burundi
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24/28 (Bingaroony)
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25. 24. Barbados
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25/28 (Tuukka Rantamäki/Flickr/Creative Commons)
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26. 25. Espanha
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26/28 (Pablo Blazquez Dominguez/Getty Image)
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27. 85. Brasil**
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27/28 (ThinkStock)
**País não está entre os 25 primeiros colocados, mas foi incluído para fins de comparação.
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28. Agora veja as mulheres mais poderosas
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28/28 (Carl Court/Getty Images)