Mulher na Noruega: ranking dos melhores países para mulheres coloca país na segunda colocação (Cookelma/Thinkstock)
Gabriela Ruic
Publicado em 2 de novembro de 2017 às 06h00.
Última atualização em 10 de novembro de 2017 às 11h52.
São Paulo – 2017, o ano em que o mundo andou para trás na busca por igualdade entre homens e mulheres. Enquanto em 2016 a lacuna que separa os gêneros estava 68,3% mais fechada, neste ano está em 68%.
É a primeira vez em uma década que tal deterioração acontece, notou o Global Gender Gap Report 2017, relatório anual produzido pelo Fórum Econômico Mundial. O estudo traz o panorama da igualdade, ou melhor, a falta dela, entre homens e mulheres em 144 países e foi divulgado na madrugada do dia 2 de novembro.
A pesquisa avalia a situação com base em quatro pilares: Participação Econômica e Oportunidade, Acesso à Educação, Saúde e Sobrevivência e Empoderamento Político. E são justamente os dois primeiros os “vilões” do ano.
Globalmente, apenas 58% da brecha está fechada do ponto de vista econômico, que inclui, por exemplo, igualdade salarial, e apenas 23% quando se olha para a participação política das mulheres. O panorama é melhor na educação e na saúde. Segundo a análise, os 144 países avaliados fecharam pouco mais de 95% da lacuna na educação e 96% na saúde.
Com base na investigação dessas categorias, o estudo compõe um ranking que permite observar quais países oferecem as melhores condições de vida para as mulheres e quais oferecem as piores. Quanto mais próxima de 1 for a pontuação de um país, seja na análise geral ou em um pilar específicos, mais próximo da igualdade ele estará.
O topo do ranking dos melhores países para mulheres pouco mudou de 2016 para 2017. Vale notar que esses locais, embora ocupem as primeiras colocações, não atingiram a igualdade social plena. Veja abaixo:
Pela 9ª vez consecutiva, a Islândia é o que oferece as melhores oportunidades de vida para mulheres. Ainda assim, o país fechou completamente a lacuna em apenas uma categoria: empoderamento político. Em Participação Econômica e Oportunidade, Acesso à Educação, Saúde e Sobrevivência, está em 14º, 57º e 114º, respectivamente.
Em segundo, está a Noruega, que em 2016 aparecia em terceiro. O país nórdico não atingiu a igualdade em nenhum dos indicadores avaliados, embora tenha pontuado o suficiente para chegar à vice-liderança do ranking.
Imediatamente depois, aparecem Finlândia e Ruanda, respectivamente e com pontuações muito próximas. Interessante notar que, enquanto o país escandinavo fechou a lacuna no acesso à educação, não o fez na saúde, algo que o país africano conseguiu conquistar. Nestes indicadores, os finlandeses aparecem em 1º e 46º e a população de Ruanda está em 113º e 1º.
Nas posições seguintes, a maioria dos países fechou lacunas em diferentes categorias: A Nicarágua e Eslovênia o fizeram em Saúde e Sobrevivência; Irlanda, Filipinas e, novamente, a Eslovênia também conseguiram a igualdade plena em Acesso à Educação. Apenas a Suécia e a Nova Zelândia não atingiram esse objetivo em nenhuma das categorias.