Estátua da Liberdade: um dos símbolos mais emblemáticos dos EUA foi baseado, originalmente, nos traços de uma camponesa egípcia (iStock/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 10h07.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2017 às 15h55.
Enquanto Donald Trump fecha as fronteiras e proíbe a entrada de refugiados e imigrantes em solo americano, provocando uma onda de protestos e uma série de ações na justiça, está aí um fato curioso para esquentar os debates nos EUA: a Estátua da Liberdade era uma mulher muçulmana.
Sim, um dos símbolos mais emblemáticos da terra do Tio Sam foi baseado, originalmente, nos traços de uma camponesa egípcia.
De acordo com o National Park Service, o escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi desenhou a estátua com essas características porque, no início, ela seria exposta no Canal de Suez, que liga o Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo, no Egito.
A estátua, batizada inicialmente de “Egito que leva a luz para a Ásia”, funcionaria como um farol e deveria ser símbolo do progresso no país. Segundo Edward Berenson, autor do livro Statue of Liberty: A Transatlantic Story, o projeto foi rejeitado em 1855 pelo governante egípcio, Isma’il Pasha, por ser muito caro.
Então, Bartholdi modificou os desenhos e se inspirou no grego Colosso de Rodes para recriar o monumento. Em 1885, a estátua de cobre começou a ser construída na França pelo designer Gustave Eiffel – o criador da Torre Eiffel.
Depois de pronta, ela foi desmontada e enviada para os EUA em 214 caixas, transportadas por navio. A inauguração aconteceu no dia 28 de outubro de 1886, em um grande evento com a presença do então presidente Grover Cleveland. Na ocasião, ganhou o nome de “Liberdade Iluminando o Mundo”.
Na versão oficial, a estátua foi idealizada para homenagear os EUA no centenário de sua independência e, ao mesmo tempo, celebrar as boas relações entre os dois países.
Este conteúdo foi originalmente publicado na Superinteressante.