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Estas são as melhores democracias do mundo

Neste ano, apenas 4,5% da população global vive em um país cujo regime é visto como “democracia total”. É o que mostra o Índice da Democracia 2017

Eleições nos Estados Unidos: país deixou de ser considerado "democracia total" em 2016 (Hagen Hopkins / Stringer/Getty Images)

Eleições nos Estados Unidos: país deixou de ser considerado "democracia total" em 2016 (Hagen Hopkins / Stringer/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 12h35.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2018 às 14h06.

São Paulo – A democracia está em crise. Neste ano, apenas 4,5% da população global vive em um país cujo regime é visto como “democracia total” e o estado geral das democracias se deteriorou. É o que mostra o Índice da Democracia 2017, pesquisa anual conduzida pela The Economist Intelligence Unit que foi divulgada nesta quarta-feira, 31 de janeiro.

A pesquisa é conduzida desde 2006 e monitora o estado da democracia em todo o mundo. Para tanto, os governos de 165 países são avaliados em indicadores que compõem cinco categorias: processo eleitoral e pluralismo, liberdades civis, funcionamento do governo, participação política e cultura política. A partir das pontuações obtidas, esses países são então divididos em “democracia total”, “democracia defeituosa”, “regime híbrido” e “regime autoritário”.

De acordo com o estudo, a pontuação geral do Índice retraiu na comparação com 2016, caindo de 5,52 para 5,48 pontos em uma escala cuja pontuação máxima é 10. Além disso, neste ano, nenhuma região registrou a melhora em seu desempenho e 89 países pioraram ante o observado no ano passado. Esse número é o maior visto pelo estudo desde 2010, quando as economias ainda lutavam para se recuperar da crise de 2008.

O estudo nota, ainda, que 2016 foi o ano em que o populismo assumiu os holofotes mundo afora com o Brexit e a eleição de Donald Trump. Em 2017, contudo, nota-se a reação contra esse fenômeno, com o fortalecimento de movimentos que visam impedir a saída do Reino Unido da União Europeia e a queda na popularidade do presidente americano.

Ranking

Uma “democracia total”, considera o estudo, é aquela em que os governos respeitam as liberdades políticas e civis básicas e vivem uma cultura política que favorece o ambiente democrático. Contam com imprensa livre, independente, além de mecanismos adequados que mantém o equilíbrio entre os poderes.

No topo da lista dos países considerados os donos das melhores democracias, há poucas surpresas e nota-se a prevalência dos países europeus. A Noruega segue firme em primeiro, posto abocanhado em 2010, seguida da Islândia. Veja abaixo o ranking das primeiras posições:

Atualmente, o mundo conta apenas com 19 países classificados como “democracia total”, o mesmo registrado em 2016, e esses obtiveram pontuações gerais acima de 9. Em 2015, no entanto, esse grupo era de 20, até a queda dos Estados Unidos para o regime “democracia defeituosa” no ano seguinte. Tal queda, lembra a pesquisa, é anterior à ascensão de Donald Trump à presidência e ajudou em sua eleição.

Segundo o estudo, países considerados como “democracia defeituosa” tem eleições livres e, “mesmo se houver problemas, as liberdades civis básicas são respeitadas”. No entanto, seus governos são afetados por problemas de governança, a cultura política é pouco desenvolvida e há baixos níveis de participação da sociedade.

Além dos EUA, o Brasil também é parte desse grupo. O país se encontra em 49º lugar na edição atual do ranking, à frente de outros países como Colômbia (53º) e Peru (61º), mas atrás da Argentina (48º), Chile (26º) e Uruguai (18º), o mais bem colocado dentre os latinos.

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