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"EUA são um perigo para todo o mundo", diz Evo Morales

Presidente da Bolívia criticou intervenções militares americanas


	Evo Morales: Presidente da Bolívia criticou intervenções militares americanas
 (David Mercado / Reuters)

Evo Morales: Presidente da Bolívia criticou intervenções militares americanas (David Mercado / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2016 às 16h26.

La Paz – O presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou neste sábado a renovação por parte de seu colega americano, Barack Obama, do decreto de sanções contra a Venezuela e afirmou que os Estados Unidos "são um perigo para todo o mundo".

Em um ato na cidade de El Alto, vizinha de La Paz, Morales questionou a prorrogação do decreto e questionou "como a Venezuela poderia ser um perigo para os Estados Unidos, como a Bolívia poderia ser um perigo para os Estados Unidos?".

"Os Estados Unidos sim são um perigo para todo o mundo com suas intervenções militares, com suas bases militares, com seu DEA (agência antinarcóticos), com suas agências de inteligência", afirmou.

Segundo o líder boliviano, o que na realidade os Estados Unidos estão preparando com este decreto é "um golpe ou uma intervenção militar na Venezuela", algo que, segundo disse, os bolivianos "condenamos, rejeitamos, não aceitamos".

Morales insistiu que as potências buscam "intervir em países" para "ter o controle político" e "saquear" os recursos naturais das nações em questão.

A Casa Branca, no começo de março, prorrogou o decreto que emitiu há um ano mediante o qual declara a Venezuela "ameaça incomum e extraordinária" para a segurança da nação americana.

O próprio presidente Barack Obama argumentou que o decreto pretende castigar descumprimentos venezuelanos a "práticas democráticas básicas", o que, avaliou, é "prejudicial não só" para a nação caribenha, mas para a estabilidade regional, porque "pode atingir seus países vizinhos".

O Governo da Venezuela manifestou sua rejeição desde então e o líder desse país, Nicolás Maduro, pediu aos venezuelanos que expressem seu repúdio nas ruas. EFE

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