Venezuela: os EUA alegam que os deputados tentaram impedir o processo democrático (Michele Sandberg / Contributor/Getty Images)
AFP
Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 17h24.
O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira sanções contra sete parlamentares da Venezuela, incluindo Luis Parra, um opositor que foi eleito como presidente do Poder Legislativo pelos aliados de Maduro ao mesmo tempo em que Juan Guaidó foi reeleito ao mesmo cargo.
No último 5 de janeiro, com o apoio de chavistas, Parra assumiu a presidência da Câmara, em uma ação considerada pela oposição venezuelana como sendo um "golpe de Estado". Mais de 50 países, liderados pelos Estados Unidos, não reconhecem o presidente venezuelano Nicolás Maduro e consideram Guaidó o mandatário interino.
Em meio a um momento caótico, a eleição de Guaidó ocorreu após forças do Estado impedirem a entrada do político à Câmara, fazendo com que os deputados da oposição tivessem que votar fora da Casa.
"O Tesouro aplicou sanções a sete funcionários corruptos da Assembleia Nacional que, a favor de Maduro, tentaram impedir o processo democrático na Venezuela", afirmou em comunicado Steven T. Mnuchin, secretário do Tesouro americano.
Parra, opositor que rompeu com Guaidó há um mês após ser acusado de corrupção, sofreu sanções do governo americano por supostamente continuar tentando obstruir o funcionamento da Câmara.
Os outros deputados que sofreram sanção foram José Brito, Franklyn Duarte, Negal Morales, José Gregorio Noriega, Conrado Perez e Adolfo Ramón Superlano.