Mundo

Estados americanos apelam contra obrigação de anticoncepcionais

A reforma de saúde estimulada em 2010 por Obama obriga as instituições religiosas a oferecer um plano de saúde com cobertura para os anticoncepcionais

No início do mês, Barack Obama anunciou um compromisso para tentar acalmar a controvérsia
 (Kevork Djansezian/Getty Images/AFP)

No início do mês, Barack Obama anunciou um compromisso para tentar acalmar a controvérsia (Kevork Djansezian/Getty Images/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 12h04.

Washington - Sete estados americanos apresentaram uma demanda contra a obrigação das instituições religiosas de oferecer um plano de saúde com cobertura para os anticoncepcionais, como destaca a reforma do programa de assistência de saúde estimulada em 2010 pelo presidente Barack Obama.

A denúncia foi apresentada na quinta-feira pelos secretários da Justiça da Flórida, Nebraska, Michigan, Ohio, Oklahoma, Carolina do Sul e Texas, e três organizações católicas figuram como associadas.

Segundo os demandantes, o requisito de que as empresas dirigidas por organizações religiosas, como acontece com alguns hospitais, ofereçam um plano de saúde aos funcionários que inclua a cobertura da anticoncepção viola a liberdade religiosa, consagrada na Constituição.

"Estas regulamentações obrigam milhões de americanos a escolher entre suas crenças religiosas e a lei", criticou Jon Bruning, secretário de Justiça de Nebraska.

A demanda foi apresentada em um tribunal deste estado da região central do país.

No início do mês, Obama anunciou um compromisso para tentar acalmar a controvérsia: o presidente garantiu que as empresas ligadas a instituições religiosas não seriam obrigadas a incluir a cobertura dos métodos anticoncepcionais em caso de oposição aos mesmos.

Com a medida, esta responsabilidade recairia sobre as empresas de planos de saúde, que deverão proporcionar acesso gratuito a métodos contraceptivos a seus segurados nestes casos.

Para Bruning, no entanto, a mudança de proposta de Obama "não fez nada para abordar a violação da primeira emenda (da Constituição, que garante a liberdade de expressão) e nunca foi oficializada".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Países ricosPolíticareformasReligiãoSaúde

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru