São Paulo – O território controlado pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e Iraque se reduziu 16% nos primeiros nove meses de 2016. É o que mostra um estudo conduzido pela consultoria de segurança IHS divulgado neste final de semana.
Segundo a análise, em 2015, a área de domínio do grupo encolheu de 90.800 km² para 78.000 km². Em 2016, o EI perdeu ainda mais territórios e agora controla uma área de cerca de 65.000 km² no Iraque e na Síria. Em julho, as dimensões desse controle estavam em 68.000 km².
“As perdas territoriais do Estado Islâmico desde julho são modestas em sua escala, porém significativas”, considerou Columb Strack, analista sênior da consultoria e diretor do IHS Conflict Monitor. Tais áreas eram essenciais para o acesso às rotas de contrabando na Turquia, por meio das quais circulava o fluxo de combatentes estrangeiros.
Em um momento em que o exército do Iraque se prepara para uma grande ofensiva em Mosul, segunda maior cidade do país e sob controle dos extremistas desde 2014, as dificuldades em se recrutar novos combatentes e leva-los até a Síria e o Iraque deve trazer problemas para o EI.
A expectativa é que a batalha por Mosul seja decisiva. Se para os extremistas, conseguir se manter no controle nesta região é fundamental para garantir a sua influência do seu autoproclamado califado, para o exército é a chance de reverter a derrota vergonhosa sofrida há dois anos, quando soldados abandonaram os seus postos, entregando a cidade ao EI.
Agora, no entanto, os iraquianos ganharam reforços importantes. Os Estados Unidos disponibilizaram 600 homens para o treinamento e orientação dos soldados para a ofensiva. Além disso, contam ainda com o apoio da coalizão liderada pelos EUA, dos combatentes curdos e das milícias populares, duas das maiores forças no combate ao Estado Islâmico.
-
1. Frágeis e instáveis
zoom_out_map
1/17 (Paula Bronstein / Staff)
São Paulo – Guerras, governos à beira do colapso,
pobreza. Em muitos países do mundo, é essa a realidade de milhares de pessoas. Tais instabilidades, no entanto, muitas vezes transbordam fronteiras e podem impactar com severidade toda uma região. A crise de
refugiados global, que decorre de uma mistura de fatores que vão desde a guerra na Síria, passando pela pobreza e ameaças terroristas na África, é uma delas. Com o objetivo de observar quais são os países que hoje enfrentam as situações mais instáveis e quais fatores contribuem para esse cenário, a
The Fund for Peace, organização de pesquisa dedicada ao estudo de conflitos violentos e da segurança, desenvolveu o
Fragile States Index. O índice, que está em sua 12ª edição, analisou 178 países em mais de 100 fatores. A partir das pontuações obtidas por cada um, foi possível então classifica-los de acordo com a sua fragilidade. Quanto maior é a nota recebida, mais grave é a situação de determinado local.
EXAME.com compilou nesta matéria os 15 primeiros colocados no ranking dos mais frágeis, mostrando em uma tabela as suas pontuações gerais, bem como as obtidas em três indicadores principais. Veja abaixo:
Neste ano, o ranking de países mais frágeis trouxe algumas novidades que sinalizam melhoras, ainda que tímidas, para alguns deles. Isso não significa, no entanto, que as instabilidades tenham sido finalmente controladas. Um exemplo é a situação Sudão do Sul, que há dois anos reinava soberano no posto de mais frágil. Em 2016, o país mais jovem do mundo passou para a 2ª colocação. O país vive em tensão desde a sua independência do Sudão em 2011 e a eclosão de uma
guerra civil que ainda não está totalmente resolvida. Desde o ano passado, vigora no
Sudão do Sul um delicado cessar-fogo entre governo e rebeldes, mas os conflitos não terminaram por completo. Neste mês, entretanto, a missão pacificadora da ONU em atividade no Sudão do Sul ganhará reforços em seu efetivo, a fim de ajudar na estabilização do governo. Veja nas imagens como está o ranking 2016 dos países mais frágeis, segundo o Fragile States Index.
-
2. 1º. Somália
zoom_out_map
2/17 (John Moore/Getty Images)
-
3. 2º. Sudão do Sul
zoom_out_map
3/17 (Anthony Nambwaya / Reuters)
-
4. 3º. República Centro Africana
zoom_out_map
4/17 (Getty Images)
-
5. 4º. Iêmen
zoom_out_map
5/17 (Anees Mahyoub / Reuters)
-
6. 4º. Sudão*
zoom_out_map
6/17 (Reuters)
*País está empatado com o Iêmen na 4ª posição.
-
7. 6º. Síria
zoom_out_map
7/17 (REUTERS/Abdalrhman Ismail)
-
8. 7º. Chade
zoom_out_map
8/17 (Getty Images)
-
9. 8º. República Democrática do Congo
zoom_out_map
9/17 (Luc Gnago/Reuters)
-
10. 9º. Afeganistão
zoom_out_map
10/17 (Mohammad Ismail / Reuters)
-
11. 10º. Haiti
zoom_out_map
11/17 (Spencer Platt/Getty Images)
-
12. 11º. Iraque
zoom_out_map
12/17 (Thaier Al-Sudani / Reuters)
-
13. 12º. Guiné
zoom_out_map
13/17 (AFP)
-
14. 13º. Nigéria
zoom_out_map
14/17 (Stringer/Reuters)
-
15. 14º. Paquistão
zoom_out_map
15/17 (Arif Ali / AFP)
-
16. 15º. Burundi
zoom_out_map
16/17 (Reuters)
-
17. Agora conheça os exércitos mais poderosos
zoom_out_map
17/17 (U.S. Air Force/Staff Sgt. Jason T. Bailey/Flickr)