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Estado Islâmico recua de várias cidades sírias após choques

Combates contra membros da tribo sunita Al Shaitatse forçaram jihadistas a se retirarem de povoados sírios


	Integrantes do Estado Islâmico: jihadistas se retiraram de povoados após choques com tribo
 (AFP)

Integrantes do Estado Islâmico: jihadistas se retiraram de povoados após choques com tribo (AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 17h02.

Beirute - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) recuou nesta sexta-feira de várias cidades no leste da província síria de Deir ez Zor, na fronteira com o Iraque, após combates contra membros da tribo sunita Al Shaitat, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Os jihadistas se retiraram dos povoados de Al Koshkia, Abu Hamam e Garanich, onde a maior parte dos moradores pertence a esse clã, assim como das localidades próximas de Abu Hodrob, Suidan Al Jazeera e Al Yardi Oriental.

Após a retirada dos extremistas, os combatentes da tribo queimaram o quartel do EI em Suidan Al Jazeera, que no passado foi palco de manifestações de moradores que rejeitavam a presença dos radicais islâmicos em sua cidade.

Os membros de Al Shaitat também tomaram o controle de vários poços de petróleo do campo de petróleo de Al Tank, em poder do EI.

O Observatório acrescentou que os jihadistas enviaram reforços da cidade fronteiriça iraquiana de Al Qaim em direção a Deir ez Zor, em preparação de uma ofensiva contra o clã.

Os choques entre ambas partes começaram há dois dias após a detenção por parte do EI de três integrantes de Al Shaitat em Al Koshkia.

A tribo considerou essas detenções como uma violação do acordo de não agressão que tinha assinado no mês passado com o EI, que, entre outros pontos, incluía a entrega das armas do clã aos extremistas em troca que estes não pusessem em perigo as vidas dos membros de Al Shaitat.

O EI proclamou um califado no Iraque e na Síria no final de junho, após avançar no terreno.

O grupo controla grande parte de Deir ez Zor, onde várias tribos e organizações armadas lhe juraram lealdade perante seu poderio militar.

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