Ataque francês atingiu principal reduto do grupo jihadista na Síria; declaração foi divulgada em vídeo neste domingo (Ammar Suleiman/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2015 às 11h45.
Cairo, 22 nov (EFE).- O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) prometeu vingança pelos recentes bombardeios da aviação francesa contra a cidade síria de Al Raqqa, principal reduto do grupo na Síria, em um novo vídeo divulgado neste domingo.
"Seus bombardeios não vão nos debilitar, ao contrário, vão reforçar nossas fileiras. Mais gente se unirá as nossas fileiras para vingar pais, mulheres e crianças que vocês bombardeiam todos os dias", disse um membro mascarado do EI em uma nova gravação.
O chefe do Estado-Maior do exército francês, general Pierre de Villiers, informou hoje que, entre domingo e terça-feira, a aviação francesa lançou cerca de 60 bombas contra campos de treinamento e centros de comando em Al Raqqa.
Nas imagens divulgadas pelo EI, cuja veracidade não pôde ser constatada, dois encapuzados denunciam que pelo menos dez bombas atingiram a administração central de distribuição de pão de Al Raqqa e, segundo eles, "aterrorizaram os moradores".
Os dois combatentes, que falam em francês, estavam em frente a um edifício destruído. Eles afirmaram que os ataques atingiram edifícios e infraestruturas civis.
Segundo o primeiro jihadista que fala, os atentados de Paris foram "só uma advertência" contra a França por ter atacado o grupo radical no Iraque e na Síria.
O segundo membro do grupo que aparece afirma que os Estados Unidos também não devem crer que estão imunes, e insistiu que o ataque em Paris foi apenas "o princípio de uma cadeia de ataques".
Desde os atentados de Paris, combatentes de diferentes zonas do autoproclamado califado do EI divulgaram vídeos em que ameaçam os países que participam da coalizão internacional contra o grupo de mais ataques.
Os recentes bombardeios russos e franceses contra Al Raqqa fizeram muitos dirigentes do grupo e suas famílias abandonarem a cidade e buscarem refúgio na cidade de Mossul, o reduto do EI no Iraque. EFE