A execução é uma das práticas mais frequentes do EI contra os membros das forças iraquianas (Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2014 às 14h15.
Mossul - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou neste domingo um tenente-coronel da inteligência iraquiana na cidade de Mossul, no norte do país, depois de mantê-lo sob custódia por dois meses, informaram à Agência Efe fontes locais.
Mohammed al Abed, de 44 anos de idade, foi sequestrado em sua casa em Mossul no dia 5 de julho. O tenente-coronel foi fuzilado em aplicação de uma 'sentença' emitida por um tribunal religioso estabelecido pelo EI.
As fontes detalharam que, após a execução, os jihadistas levaram o corpo de Abed a um médico legista, que depois o entregou a sua família.
Durante o sequestro, um grupo de jihadistas invadiu sua casa no bairro Al Arabi, no norte da cidade, e confiscou seu telefone celular e seu laptop, que continham documentos oficiais e de inteligência.
Abed chegou a deixar Mossul por dez dias, depois que a cidade foi ocupada pelo EI em junho, e se refugiou em Zajo, na região autônoma do Curdistão iraquiano, mas retornou para seu domicílio e acabou sendo sequestrado.
Uma fonte médica de Mossul informou à Efe que os jihadistas do EI executaram um número indeterminado de agentes das forças de segurança e a ex-candidatos eleitorais locais durante os últimos dias.
A execução é uma das práticas mais frequentes do EI contra os membros das forças iraquianas e das milícias ligadas ao governo do país.
Além disso, executaram xeques xiitas, fiéis das minorias religiosas que rejeitam a conversão para o islã e os próprios sunitas - sua vertente do islã - que não aceitam jurar lealdade ao EI.
No dia 10 de junho o EI tomou o controle de Mossul e, a partir de então, continuou com seu avanço em direção a outras regiões no norte do país e instaurou um califado nos territórios da Síria e do Iraque sob seu domínio.