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Estado Islâmico executa 11 cristãos na Nigéria

Grupo jihadista divulgou vídeo em que mostra homens sendo decapitados e fuzilados

Terrorismo: Estado Islâmico divulgou um novo vídeo nesta semana (Spencer Platt/Getty Images)

Terrorismo: Estado Islâmico divulgou um novo vídeo nesta semana (Spencer Platt/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de dezembro de 2019 às 15h36.

Última atualização em 27 de dezembro de 2019 às 15h38.

São Paulo - Uma facção nigeriana do grupo jihadista Estado Islâmico divulgou, neste Natal, vídeo de quase um minuto, durante o qual 11 homens são executados, um a tiro e os restantes decapitados. O grupo afirmou que se tratava de cristãos e a intenção com as execuções foi, segundo um dos islamitas, "uma mensagem para os cristãos do mundo inteiro".

O grupo nigeriano responsável pelas mortes seria proveniente de uma cisão no grupo islamista nigeriano Boko Haram, que mudou de campo e assumiu o nome Província da África Ocidental do Estado Islâmico (Iswap na sigla em inglês).

O vídeo de 56 minutos, gravado "nas últimas semanas" numa localidade do estado de Borno, no nordeste nigeriano, foi produzido e publicado dia 26 de dezembro à noite, pela agência Amaq, o órgão de propaganda do Estado Islâmico.

De acordo com a mensagem, os cristãos foram executados para vingar a morte do líder do grupo, Abu Bakr al-Bagdhadi, e do seu porta-voz, Abul-Hasan Al-Muhajir, numa operação norte-americana na Síria.

A operação dos EUA, que resultou na morte dos dois líderes, ocorreu em outubro de 2019. Quase dois meses depois, em 22 de dezembro, o Estado Islâmico anunciou nova campanha para "vingar" as mortes. Desde então, uma série de ataques ocorreu em vários países.

Na África, os principais alvos têm sido as forças militares e as comunidades cristãs, procurando conversões forçadas ao islamismo e executando quem se recusa.

Em sua mensagem de Natal, o papa Francisco denunciou esses ataques. O pontífice desejou conforto àqueles que são perseguidos pela fé religiosa, especialmente missionários e membros dos grupos de fiéis que foram raptados, além das vítimas dos ataques de grupos extremistas, particularmente em Burkina Faso, no Mali, Níger e na Nigéria.

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