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Estado Islâmico ameaça matar funcionários do Twitter

Se o Twitter não parar de suspender os perfis associados ao grupo extremista, EI alerta que irá trazer a batalha virtual contra a rede social para o mundo real


	Militantes do Estado Islâmico: série de tuítes publicados no inicio da semana por perfil associado ao grupo ameaçava funcionários do Twitter
 (REUTERS/Stringer)

Militantes do Estado Islâmico: série de tuítes publicados no inicio da semana por perfil associado ao grupo ameaçava funcionários do Twitter (REUTERS/Stringer)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 17h56.

São Paulo – As próximas vítimas dos extremistas do Estado Islâmico (EI) podem não ser reféns do grupo, mas funcionários do Twitter. De acordo com informações do site The Vocativ, um perfil associado ao EI publicou uma série de tuítes nos quais incentivava que “lobos solitários” atacassem funcionários da rede social de microblogs em São Francisco (EUA) e na Europa.

A razão para a ameaça está na forma rígida com a qual o Twitter vem tentando silenciar perfis relacionados ao grupo extremista. Segundo o jornal The Daily News, dezenas de contas na rede social já foram suspensas por conta de publicações que divulgavam ações do EI.

Conforme o The Vocativ, o perfil que publicou as mensagens, @dawlamoon, pertenceria a um pequeno grupo baseado em Jerusalém que já havia se manifestado como apoiador do EI. A conta, que tinha três mil seguidores, foi suspensa na manhã desta segunda-feira.

“A administração do Twitter deve ter em mente que, se eles não pararem a sua campanha no mundo virtual, iremos levar a guerra para o mundo real”, dizia um dos tuítes.

Um porta-voz da rede social, em entrevista ao site Mashable, contou que, por conta das intimidações, uma investigação interna foi aberta “com o auxílio de autoridades legais”. A rede social, contudo, não revelou se aumentou a segurança em seus escritórios por conta das ameaças.

Twitter x EI

Uma análise feita pela empresa Research Future mostrou que o Twitter enfrenta dificuldades em acompanhar a quantidade de perfis associados ao Estado Islâmico que surgem todos os dias. Até o dia 3 de setembro, quando o grupo degolou outro jornalista americano, Steven Sotloff, 27 mil contas que publicavam conteúdo favorável ao EI encontravam-se ativas. 

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