São Paulo - Depois de conquistar territórios da Síria e do Iraque com extrema brutalidade, o grupo jihadista EIIL fundou o Estado Islâmico.
Seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, promete um califado aos moldes do passado, recriando a vida dos primeiros muçulmanos, seguindo a sharia - e com uma interpretação extrema do Alcorão.
Dinheiro e armas os terroristas do EI já têm. Faltava construir o que eles chamam de "gabinete", na tentativa de emular um governo de fato no novo califado.
Todos adotaram novos nomes, começando por Abu, usado nos nomes árabes com o significado de "pai".
O segundo mais poderoso, logo abaixo de al-Baghdadi, é o deputado Abu Muslim al-Turkmani.
Esse, por sua vez, comandas os seis governadores designados, um para cada região do Estado Islâmico.
Diretamente ligados ao califa, estão sete homens que formam "O gabinete" e três homens que formam o comando de guerra.
Conheça os homens de al-Baghdadi:
O deputado
Nome no Estado Islâmico: Abu Muslim al-Turkmani
Nome verdadeiro: Fadel Ahmad Abdullah al-Hiyali
Ele será o responsável por comandar os seis governadores e cuidar, em última instância, de todas as províncias do califado.
Gabinete póstumo
Um dos sete membros do gabinete, logo abaixo de al-Baghdadi, na verdade já está morto. É Abu Abdul Rahman al-Bilawi, cujo nome verdadeiro é Adnan Ismail Najem Bilawi. Ele foi morto por forças iraquianas em 5 de junho de 2014, em Mosul.
Os outros membros são:
- O chefe-geral do gabinete: Abu Abdul Kadr (Shawkat Hazem al-Farhat)
- Responsável pelos prisioneiros do EI: Abu Mohamed (Bashar Ismail al-Hamdani)
- Chefe de segurança: Abu Louay (Abdul Wahid Khutnayer Ahmad)
- Chefe das finanças: Abu Salah (Muafaq Mustafa Mohammed al-Karmoush)
- Chefe da comunicação entre as províncias: Abu Hajar al-Assafi (Mohammed Hamid al-Duleimi)
- Chefe para chegada de novos jihadistas: Abu Kassem (Abdullah Ahmed al-Meshedani) - ele também é responsável pelo "transporte de homens-bomba"
Os governadores
- Estado de Salaheddin: Abu Nabil (Wissam Abed Zaid al-Zubeidi)
- Estado de Kirkuk: Abu Fatma (Nena Abed Naif al-Jubouri)
- Estado do sul e Eufrates: Abu Fatma (Ahmed Mohsin Khalal al-Jihaishi)
- Governador das fronteiras: Abu Jurnas (Rathwan Talib Hussein Ismail al-Hamduni)
- Estado de Anbar: Abu Abdul Salem (Adnan Latif Hamid al-Sweidawi) - ele também é membro do Conselho Militar do Estado Islâmico
- Estado de Baghdad: Abu Maysara (Ahmed Abdul Kader al-Jazza)
Homens de guerra
- Guardião do depósito e armamentos de guerra: Abu Shema (Fares Reif al-Naima)
- Chefe para assuntos de mulheres e mártires: Abu Suja (Abdul Rahman al-Afari)
- Responsável por explosivos e ataques com bombas: Abu Kifahln (Khairy Abed Mahmoud al-Taey
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1. Estados em ruínas
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1/20 (Reuters/Emmanuel Braun)
São Paulo - Alguns Estados são estáveis, baseados em instituições sólidas e protegem os seus cidadãos. Outros são frágeis, instáveis, perigosos, lidam com estruturas frágeis e poderes controversos. Essa é a análise do
Fragile States Index 2014, lançado ontem (9) pela revista Foreign Policy. O estudo analisou 12 pontos, como acesso a serviços públicos, presença de refugiados, garantia dos direitos humanos e legitimidade do poder representativo. Entre os piores, se encontram os países africanos, marcados por longos conflitos internos, guerras civis e desigualdades. Na outra ponta, dos Estados de excelência, prevalacem os países escandinavos. Veja a seguir os 20 países mais frágeis e instáveis.
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2. 1. Sudão do Sul
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2/20 (AFP/Getty Images)
A mais nova nação, criada a partir da separação com o Sudão, sofre com conflitos internos desde a guerra da independência, em 2011. Separada, começou uma guerra civil em 2013. Há mais de um milhão de refugiados internos e 250 mil já saíram do país. Piores pontos: refugiados, aumento da desigualdade, presença de facções que dominam o poder
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3. 2. Somália
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3/20 (Mohamed Dahir/AFP)
A Somália viveu uma guerra civil entre 1991 e 2013. Nesse período, não teve um governo funcional. Lá, a mortalidade infantil é maior que 10% e a expectativa de vida é de apenas 51.58 anos. Piores pontos: presença de refugiados e facções que dominam o poder
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4. 3. República Centro-Africana
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4/20 (Eric Feferberg/AFP)
O país sofre com conflitos de origem étnica e religiosa, com embate entre grupos islâmicos extremistas. Piores pontos: presença de refugiados e falta de segurança
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5. 5. Sudão
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5/20 (REUTERS/George Philipas)
O Sudão vive em guerra desde 2007, resultando em mais de três milhões de refugiados. O conflito com o Sudão do Sul persiste. Piores pontos: falta de segurança, revoltas, presença de facções no poder
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6. 6. Chade
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6/20 (Marco Di Lauro/Getty Images)
O país tem a expectativa de vida mais baixa do mundo (44 anos), sofre com falta de estruturas básicas e ainda lida com meio milhão de refugiados do Sudão e da República Centro-Africana. Piores pontos: falta de serviços públicos, presença de refugiados, dominância de facções
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7. 8. Iêmen
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7/20 (REUTERS/Stringer)
O Iêmen é um dos estados mais pobres do Oriente Médio, com 45% da população abaixo da linha da pobreza. A Al Qaeda monta base no país, deixando a região ainda mais instável. Piores pontos: pobreza, presença de facções, revoltas
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8. 9. Haiti
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8/20 (Getty Images)
O país mais pobre das Américas e do hemisfério ocidental, com 80% da população abaixo da linha da pobreza. Um terremoto em 2010 devastou ainda mais o país. Piores pontos: falta de serviços públicos, intervenção externa, pobreza e aumento da desigualdade
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9. 10. Paquistão
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9/20 (Joe Raedle/Getty Images)
O Paquistão lida com a presença de grupos terroristas, mais de um milhão de refugiados internos e três milhões de refugiados vindos do Afeganistão. Piores pontos: revoltas, falta de segurança, presença de facções
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10. 11. Zimbábue
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10/20 (John Moore/Getty Images)
O país está na mão do ditador Robert Mugabe desde 1980, sofrendo com opressão política e revoltas. A pobreza é extrema, com PIB per capita de apenas 600 dólares por ano. Piores pontos: presença de facções, legitimidade do poder frágil
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11. 12. Guiné
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11/20 (AFP)
O país sofre com revoltas e instabilidade política, apesar das grandes riquezas naturais. A corrupção é endêmica. O ambiente instável afugenta investidores. Piores pontos: falta de estado legítimo, falta de segurança, presença de facções no poder
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12. 13. Iraque
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12/20 (Reprodução/Twiiter)
A situação do país só piora desde 2011. Presença de grupos terroristas, disputas étnicas e religiosas, governo representativo disfuncional. Agora, a criação do Estado Islâmico só piorou a situação. Piores pontos: falta de segurança, revoltas, presença de facções
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13. 14. Costa do Marfim
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13/20 (Issouf Sanogo/AFP)
Desde 1999, o país já passou por duas guerras civis e múltiplos impasses políticos. A desigualdade aumenta com o ambiente instável. Piores pontos: intervenção externa, presença de facções, presença de refugiados
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14. 15. Síria
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14/20 (Ahmad Othman/Reuters)
O país sofre com uma guerra civil desde 2011, o que causou a morte de 150 mil pessoas e deixou mais de três milhões de refugiados fora do país. A situação piorou ainda mais com o Estado Islâmico. Piores pontos: presença de refugiados, presença de facções, falta de segurança, interferência externa
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15. 16. Guiné-Bissau
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15/20 (STR/AFP/Getty Images)
Sem um estado legítimo e políticas públicas, a população sofre com a pobreza: 69% vivem na miséria e a expectativa de vida é de apenas 54 anos. Piores pontos: falta de segurança, interferência externa, falta de estado legítimo
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16. 17. Nigéria
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16/20 (AFP)
Apesar de ser uma das nações mais ricas da África, a Nigéria sofre com desigualdade, corrupção e tensões religiosas. A presença de grupos jihadistas aumenta a violência e a instabilidade. Piores pontos: falta de segurança, revoltas, presença de facções
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17. 18. Quênia
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17/20 (Goran Tomasevi/Reuters)
O país sofre com a extrema desigualdade e a presença de grupos terroristas, como o Al Shabaab. Ainda há 400 mil refugiados internos por conta de conflitos, além de refugiados vindos da Somália, Etiópia, Uganda e Sudão do Sul. Piores pontos: revoltas, presença de facções
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18. 19. Níger
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18/20 (Pascal Parrot/Getty Images)
O país sofre com uma alta mortalidade infantil, instabilidade política e econômica e vive em conflito com Líbia, Mali e Nigéria sobre fronteiras. A Al Qaeda no Magreb também conseguiu se instalar no país. Piores pontos: falta de serviços públicos, pressão demográfica
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19. 20. Etiópia
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19/20 (John Lavall/Wikimedia Commons)
A Etiópia sofre com aumento da desigualdade, pressão demográfica e altas taxas de mortalidade infantil. Piores pontos: revoltas, falta de serviços públicos
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20. Agora conheça os povos ameaçados
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20/20 (REUTERS/Hosam Katan)