Gustavo Petro: candidato tenta se livrar da pecha de aliado do "castrochavismo" (Henry Romero/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de junho de 2018 às 10h54.
Bogotá - "Não vou expropriar"; "Não convocarei uma Assembleia Constituinte", "Vou gerir recursos públicos como recursos sagrados", "Vou promover a iniciativa privada", "Garantirei a democracia pluralista e o respeito pela diversidade". Estes são alguns dos 12 mandamentos, firmados em tábuas de mármore, do candidato de esquerda Gustavo Petro, que busca superar o conservador Ivan Duque no segundo turno da eleição presidencial da Colômbia, dia 17.
Os compromissos, exibidos ontem em uma praça de Bogotá, são uma tentativa de Petro de se livrar da pecha de aliado do "castrochavismo" que seu principal opositor, Iván Duque, tenta lhe imprimir. Duque acusa Petro de querer transformar a Colômbia em um país bolivariano e de incitar um "conflito de classes anacrônico".
Quem fez Petro se comprometer com ideais do estado de direito e de economia liberal foram os centristas Antanas Mockus, ex-prefeito de Bogotá e senador pelo Partido Verde, e Claudia López, ex-candidata a vice-presidente na chapa do candidato de centro Sergio Fajardo, terceiro colocado no primeiro turno.
Desde o fim do primeiro turno, em maio, Petro e Duque cortejam líderes de centro. O esquerdista obteve então 25% dos votos, enquanto Duque ficou com 39% e assumiu a posição de favorito. Fajardo, que teve 23% dos votos no primeiro turno, preferiu não apoiar Petro.
Nesta sexta-feira, 18, uma pesquisa do instituto Datexco, divulgada pelo jornal El Tiempo, apontou uma queda na diferença entre os dois em relação às primeiras projeções. Duque tem 46,2%, enquanto Petro tem 40,6%. Outros 13% dizem que votarão em branco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.