Las Vegas: Marilou Danley aterrissou durante a noite no Aeroporto Internacional de Los Angeles (Califórnia) e foi recebida por agentes do FBI (Bill Hughes/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de outubro de 2017 às 08h17.
Última atualização em 4 de outubro de 2017 às 21h25.
Las Vegas - Marilou Danley, esposa do autor do massacre do último domingo em Las Vegas e declarada "pessoa de interesse" para a investigação, retornou, na terça-feira, aos Estados Unidos, vindo das Filipinas, seu país de origem e para onde tinha viajado recentemente.
A mulher de 62 anos, aterrissou durante a noite no Aeroporto Internacional de Los Angeles (Califórnia) e foi recebida por agentes do FBI, segundo informaram a emissora "CNN" e o jornal "Los Angeles Times".
Marilou estava fora dos Estados Unidos quando no último domingo, seu marido, Stephen Paddock, disparou a partir do seu quarto do hotel Mandalay Bay, em Las Vegas (Nevada), contra o público que assistia ao festival de música country.
Paddock, de 64 anos, matou 59 pessoas e feriu mais de 500, no tiroteio mais letal da história moderna do país, antes de se suicidar.
Nesta terça, as autoridades declararam Danley, que vivia com Paddock, em Mesquite, cerca de 130 quilômetros do lugar do tiroteio, "pessoa de interesse" na investigação do caso.
A emissora "NBC" revelou a existência de uma transferência de US$ 100 mil feita por Paddock, na semana passada, para uma conta nas Filipinas, o país de origem de Marilou Danley e onde ela estava nos últimos dias.
"Não vamos comentar isso, por enquanto, mas vamos atualizar essa informação em breve. A investigação não acabou com a morte de Paddock", disse o xerife do condado de Las Vegas, Joe Lombardo.
Na última entrevista coletiva do dia sobre o tiroteio, o vice-prefeito do condado de Las Vegas, Kevin McMahill, reconheceu que as autoridades têm ainda "mais perguntas" que respostas sobre os motivos que levaram Stephen Paddock a realizar o massacre.
Paddock modificou até 12 rifles semiautomáticos com dispositivos nas culatras para poder abrir fogo de maneira completamente automática e disparar contra a multidão em um ritmo mais rápido.
Assim foi relatado pelo agente Jill Snyder, da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos Estados Unidos (ATF, sigla em inglês).
De acordo com Snyder, foram recuperadas um total de 47 armas de fogo em três localizações diferentes, o hotel Mandalay Bay e duas residências de Paddock, que foram adquiridas em quatro estados pelo atirador.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou hoje desconhecer se o autor do tiroteio tinha algum tipo de vínculo com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
"Eu não tenho ideia", disse Trump aos jornalistas, a bordo do Air Force One, quando retornava de Porto Rico, ao ser questionado se acredita que o autor do massacre tinha algum vínculo com o EI.
Embora o EI tenha assumido a autoria do tiroteio, o FBI descartou, por enquanto, qualquer vínculo de Paddock com grupos terroristas estrangeiros.
Trump, que viajará nesta quarta para Las Vegas onde se reunirá com as autoridades locais e parentes das vítimas do tiroteio, insistiu em retratar Paddock como alguém "doente" e "insano".