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Uma espécie é extinta a cada quinze dias na Inglaterra

De acordo com estudos, a cada ano nos últimos 200 anos, 5% das 60.000 espécies do país foram perdidas

Codorna conhecida como "Corncrake" era comum na Inglaterra, mas agora está ameaçada de extinção.

Codorna conhecida como "Corncrake" era comum na Inglaterra, mas agora está ameaçada de extinção.

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

São Paulo - Durante muitos anos, os estudos ambientais foram focados na perda de espécies ícones de pássaros e animais. Porém, uma pesquisa recente realizada pela universidade de Oxford também se preocupou em estudar a extinção de espécies menos conhecidas, como o líquen, lodo microbiano e musgos.

De acordo com os estudos, a cada ano nos últimos 200 anos, 5% das 60.000 espécies do país foram perdidas. Na Grã-Bretanha a elevada taxa de extinção é de 40 espécies por ano. O estudo mostrou que pássaros são bons indicadores de taxas de extinção. Isso significa que estudar as perdas dos pássaros poderá capacitar os cientistas a mensurar as taxas de extinção em áreas remotas do mundo.

Um relatório sobre a pesquisa será publicado no jornal Biological Conservation para preparar para um encontro, sobre o tema, no Japão, entre os dias 18 e 29 de outubro, e discutirá as novas metas de proteção à vida selvagem.

Em março deste ano, o órgão consultivo do Governo Britânico, Natural England, relatou a extinção de cerca de 500 espécies na Inglaterra desde 1.800. Porém, o especialista do departamento de zoologia da Universidade de Oxford, Clive Hambler, afirma, com base em seus estudos, que a taxa de extinção poderia ser 10 vezes maior. Segundo ele, as perdas relatadas pela Natural England estão abaixo de 0,5% por século.

Muitos habitats importantes e antigos da Grã-Bretanha estão ameaçados pelo crescimento populacional e pela atividade humana, que aumentam o uso da água e de combustíveis fósseis.

Apesar dos esforços dos conservacionistas, é muito provável que as taxas de extinção continuem crescendo na Europa e no mundo por muitos anos. "Estas perdas impactarão o bem-estar humano e eu diria que a conservação precisa de recursos ainda maiores que as mudanças climáticas" disse Hambler.

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