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Especialistas preveem colapso causado por mudanças climáticas

Cientistas dizem que recursos se esgotarão nos próximos 40 anos, ocasionando conflitos sociais, guerras e possivelmente extinção de espécies

Aumento do uso de combustíveis fósseis coloca em risco a saúde das pessoas mais expostas à poluição, que ficam vulneráveis ao câncer e às doenças cardíacas (Stock.Xchange)

Aumento do uso de combustíveis fósseis coloca em risco a saúde das pessoas mais expostas à poluição, que ficam vulneráveis ao câncer e às doenças cardíacas (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 11h23.

São Paulo - Especialistas da área da saúde, reunidos em uma conferência na Inglaterra, alertam para os futuros problemas causados pelas mudanças climáticas. Segundo eles, pode haver um colapso nos recursos naturais e aumento de perigosas doenças contagiosas.

Como previsão para os próximos 40 anos, os cientistas dizem que recursos como água e florestas estarão se esgotando e isso ocasionará conflitos sociais, guerras e possivelmente extinção de espécies.

A fome deve ser sentida com mais força nos países que já sofrem com a falta de alimentos atualmente, como é o caso de nações da África Subsaariana. Tony McMichael, pesquisador da Universidade Nacional Australiana, alerta que somente nesta parte da África as mortes ocasionadas por desnutrição ou propagação de doenças infecciosas deve aumentar em 70 milhões.

A malária está entre as enfermidades que deixam os especialistas mais alarmados. Por causa das mudanças climáticas, os mosquitos terão as condições ideais para se reproduzir e propagar a doença.

A poluição e a extinção de muitas espécies também foram pautadas no congresso. O professor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Ian Roberts, explicou que o constante aumento do uso de combustíveis fósseis coloca em risco a saúde das pessoas mais expostas à poluição, que ficam vulneráveis ao câncer e às doenças cardíacas.

Quanto à extinção, Paul Pearce-Kelly, da Sociedade Zoológica de Londres, prevê que até 2100, 37% das espécies de anfíbios serão classificadas como extintas. Segundo ele, o desaparecimento dos animais tem sido dez mil vezes mais rápido que o normal.

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