Comboio de veículos da ONU com especialistas em armas químicas: está previsto que os especialistas comecem amanhã a operação para contabilizar e, posteriormente, destruir armas químicas sírias (Louai Beshara/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 12h48.
Beirute - A equipe de especialistas em armas químicas da ONU desembarcou nesta segunda-feira no aeroporto internacional de Beirute, de onde seguirão por terra à Síria para verificar o arsenal desse país, informou a Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN).
A missão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), composta de vinte pessoas, chegou à capital libanesa a bordo de um avião privado procedente dos Países Baixos.
De acordo com a agência citada, as autoridades adotarão estritas medidas de segurança para garantir a segurança desta equipe em seu deslocamento a Damasco por via terrestre.
Está previsto que os especialistas comecem amanhã a operação para contabilizar, controlar e, posteriormente, destruir as armas químicas sírias, cujo uso contra civis é alvo de acusações mutuas entre Exército e oposição armada.
Trata-se dos primeiros passos para a aplicação de um plano estipulado pela comunidade internacional e ratificado pela ONU para destruir o arsenal sírio durante o primeiro semestre de 2014.
O trabalho desta primeira fase do processo é verificar os dados apresentados pela Síria em relação à quantidade de armamento químico, seguido da destruição das instalações de produção e da eliminação do mesmo durante a última fase.
A fase de verificação envolve tanto conversas de alto nível político como visitas às instalações, além de apoio técnico à Síria na elaboração de sucessivos relatórios, os quais devem atender os requisitos formais marcados pela Convenção para Armas Químicas.
Por outro lado, de acordo com a imprensa libanesa, os inspetores da ONU que já se encontravam em Damasco encerraram hoje sua missão de quatro dias na Síria e, por isso, já se encontram em Beirute.
A equipe em questão, liderada pelo cientista sueco Ake Sellström, continua sua investigação sobre o uso de armas químicas durante o conflito nesse país e ainda deverá analisar assuntos "técnicos e logísticos" com o governo sírio.
Neste aspecto, fica pendente uma próxima visita para coleta de provas sobre um suposto ataque com armas químicas, o qual teria ocorrido no último dia 19 de março na cidade de Khan al Asal, na província setentrional de Aleppo, região tomada pelos rebeldes no último mês de julho.