Rio Xingu, onde deve ser construída Belo Monte: entrada da vale ajuda a obra, acredita o professor (Paulo Jares/VEJA)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2011 às 16h23.
Rio de Janeiro - “É importante para o consórcio [Norte Energia] ter um autoprodutor puro-sangue”. Essa é a opinião do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde de Castro, sobre a entrada da mineradora Vale no grupo empresarial que vai construir a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
Castro disse à Agência Brasil que a Vale, como consumidor intensivo de eletricidade, precisa de energia a custo baixo para desenvolver suas atividades produtivas. “Nós avaliamos que, com a Vale entrando no consórcio, há melhoria qualitativa na sociedade de propósito específico (SPE). Porque ela tem interesses muito bem definidos, precisa muito dessa energia para ganhar competitividade na indústria metalúrgica e de mineração. E ela vai, com isso, aumentar a sua capacidade de autoprodução. Vai passar de 60%”.
Para ele, a Vale vai impor, dentro do consórcio, uma governança corporativa muito eficiente e que, de certa maneira, vai contribuir para que a obra seja concluída dentro do prazo e a um custo menor.
Na área social, a entrada da Vale não terá nenhum impacto. “Belo Monte está muito bem equacionada em relação aos impactos ambientais, econômicos e sociais”.