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Espanha recorre à Justiça para impedir plebiscito da Catalunha

Na quarta-feira, os parlamentares catalães se autodelegaram poderes para acelerar os preparativos para o plebiscito de independência

Catalunha: a região abriga há muito tempo um movimento de independência, que cresceu intensamente durante a crise econômica (Albert Gea/Reuters)

Catalunha: a região abriga há muito tempo um movimento de independência, que cresceu intensamente durante a crise econômica (Albert Gea/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de julho de 2017 às 14h49.

Última atualização em 28 de julho de 2017 às 14h53.

Madri - O governo da Espanha entrou com um processo judicial para impedir que a Catalunha realize um plebiscito de independência, pedindo ao Tribunal Constitucional que vete as ações da Assembleia catalã, disse o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, nesta sexta-feira.

"Não haverá qualquer plebiscito em 1º de outubro", disse Rajoy em entrevista coletiva em Madri depois da reunião semanal do gabinete.

A disputa entre Madri e Barcelona provavelmente se intensificará nas próximas semanas, à medida que o governo separatista da Catalunha avançar com os planos para a consulta popular sobre a separação da região do resto da Espanha.

Na quarta-feira, os parlamentares catalães se autodelegaram poderes para acelerar algumas leis e preparativos para o plebiscito.

Rajoy disse que seu governo havia entrado com um processo para bloquear essas reformas no Tribunal Constitucional, que anteriormente decidiu contra os desafios secessionistas.

A Catalunha, uma região rica e populosa no nordeste, com língua própria e cultura distinta, abriga há muito tempo um movimento de independência que cresceu intensamente durante a crise econômica. Os partidos pró-secessão agora controlam a Assembleia regional.

Na semana passada, o governo espanhol disse à Catalunha que perderia acesso a alguns fundos públicos se usar o dinheiro do Estado para organizar o plebiscito e prometeu aumentar o controle sobre os gastos.

Não está claro exatamente como a votação acontecerá se, como esperado, o Tribunal Constitucional espanhol continuar a impedir as tentativas de organizá-la.

Os funcionários públicos, como policiais, enfrentam um dilema se a consulta for adiante, já que eles correm o risco de sanções das autoridades tanto de Barcelona como de Madri por não seguirem seus comandos.

Rajoy, que foi criticado por sua posição inflexível sobre o assunto, disse que estava pronto para negociar com Barcelona.

"Eu sempre estive preparado para dialogar sobre a melhor maneira de trabalhar com as instituições da Catalunha para o benefício de todos", disse Rajoy. "Eu sempre estive preparado para fazer isso e eu estou hoje".

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