Zapatero teve como objetivo "projetar certeza política e econômica" no contexto atual, já que as decisões sobre a economia deverão ser tomadas a partir de 1º de janeiro (Eduardo Parra/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2011 às 12h32.
Madri - O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou nesta sexta-feira a antecipação das eleições gerais na Espanha para o dia 20 de novembro.
Em entrevista coletiva, Zapatero afirmou que decidiu antecipar as eleições, que deveriam ser realizadas em março de 2012, levando em conta o "interesse geral" do país para que o novo governo se encarregue das decisões econômicas que deverão ser tomadas já a partir de 1º de janeiro.
Zapatero declarou que esta é uma decisão que havia "amadurecido há muito tempo" e, com ela, pretende "projetar certeza política e econômica" no difícil contexto atual.
A convocação oficial das eleições será realizada no dia 26 de setembro, quando serão dissolvidas as Cortes Gerais (Parlamento).
O chefe do Executivo fez o balanço do trabalho do governo neste ano e destacou que há sintomas de que a recuperação econômica "continua" e sinais positivos na criação de emprego, embora tenha reconhecido que "ainda é preciso tempo para que se volte a criar vagas com força".
"O rumo está traçado", assinalou Zapatero após enumerar as reformas realizas nos últimos meses, entre as quais destacou a da Previdência.
O chefe do Executivo julgou que até 26 de setembro, quando as Cortes serão dissolvidas, há tempo para que sejam aprovadas as leis e reformas pendentes.
Questionado sobre a escolha de uma data tão simbólica na Espanha como 20 de novembro - dia da morte do ditador Francisco Franco em 1975 -, afirmou que era "a mais idônea" do calendário em um mês que inclui fins-de-semana longos com feriados que dificultavam uma convocação às urnas.
Zapatero não se candidatará como cabeça de chapa dos socialistas às próximas eleições gerais, nas quais cedeu o posto a Alfredo Pérez Rubalcaba, um veterano dirigente do PSOE que até o início deste mês era primeiro vice-presidente do governo, ministro do Interior e porta-voz.