Nicolas Maduro: ele venceu as eleições presidenciais com apenas 1,58% de vantagem sobre o candidato opositor, que pede recontagem dos votos (Tomas Bravo/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2013 às 11h44.
Barcelona - O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, defendeu nesta segunda-feira uma apuração eleitoral rápida na Venezuela para acabar com a atual situação de "interinidade" e, por isso, exaltou o "acordo e o diálogo", já que o resultado das eleições de ontem evidencia uma "polarização muito forte" no país.
"Independente do vencedor, o que esperamos é que as relações entre seu governo e o Reino da Espanha sejam tão boas como as do povo espanhol e do povo venezuelano", declarou Margallo aos jornalistas.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais com apenas 1,58% de vantagem sobre o candidato opositor, Henrique Capriles, que já anunciou que não aceitará o resultado até que se faça uma apuração completa de todos os votos.
Para García-Margallo, o resultado final das eleições venezuelanas "certifica que há uma polarização muito forte no país, algo que poderá ser contornado através de acordos e diálogos para enfrentar os desafios que virão em uma etapa que necessariamente será distinta da anterior".
Após as eleições presidenciais na Venezuela, o governamental Partido Popular espanhol se mostrou "muito preocupado" com a situação e defendeu "a limpeza do processo".
Já os socialistas do PSOE, principal partido da oposição, expressou sua confiança nas instituições democráticas venezuelanas e considerou que são elas que devem decidir se é preciso revisar ou não o processo eleitoral, concluído com um resultado "muito apertado".
A formação IU parabenizou o presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, e mostrou seu desejo de que o povo venezuelano continue o processo de transformação em "uma sociedade mais justa, democrática e igualitária".