Carro da polícia boliviana perto da residência da embaixadora do México, em La Paz (David Mercado/Reuters)
EFE
Publicado em 28 de dezembro de 2019 às 16h25.
Madri - O governo da Espanha afirmou neste sábado que a visita de um representante de seu Ministério das Relações Exteriores a uma sede diplomática do México na Bolívia tratava-se exclusivamente de uma "cortesia" e negou categoricamente que fosse "facilitar a saída de asilado bolivianos que estão naquelas dependências.
Em comunicado, a Chancelaria espanhola rejeitou a denúncia da Bolívia contra sua embaixada por cometer, segundo as autoridades bolivianas, "abusos" contra sua soberania por causa de um incidente com a polícia que vigia a sede diplomática mexicana em La Paz.
O incidente ocorreu durante a visita de autoridades espanholas a embaixadora do México, fatos que o governo espanhol decidiu investigar.
Para isso, enviará nos próximos dias uma missão chefiada por um funcionário da Inspeção Geral de Serviços do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo a Bolívia, o incidente foi causado por funcionários da embaixada espanhola que vieram acompanhados de "encapuzados" e "presumivelmente armados" para a residência da embaixadora mexicana naquele país, María Teresa Mercado.
O local abriga cerca de uma dúzia de pessoas acusadas pelo governo boliviano de vários crimes, entre os quais alguns ex-ministros da gestão do ex-presidente Evo Morales, processados por acusações como terrorismo.
Bolívia e México têm mantido uma tensão diplomática constante desde que Evo Morales foi recebido no país, depois de renunciar ao poder em novembro, denunciando um golpe de Estado para derrubá-lo.