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Espanha e A.Latina têm grande potencial para finanças islâmicas

Madri - O Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) acredita que a Espanha e a América Latina têm um "grande potencial" para as finanças regidas pela "Sharia" (lei islâmica), que experimentaram um forte crescimento na última década e suscitaram um renovado interesse após a crise financeira global. "Espanha tem um grande potencial, porque é um país […]

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2010 às 14h32.

Madri - O Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) acredita que a Espanha e a América Latina têm um "grande potencial" para as finanças regidas pela "Sharia" (lei islâmica), que experimentaram um forte crescimento na última década e suscitaram um renovado interesse após a crise financeira global.

"Espanha tem um grande potencial, porque é um país membro da União Europa e também tem boas conexões com a América Latina", declarou hoje durante uma entrevista à Agência Efe Sami Ibrahim Al-Suwailem, subdiretor do instituto islâmico de investigação e formação do BID.

Suwailem está em Madri para assistir, entre hoje e quinta-feira a um seminário internacional organizado pelo Instituto de Empresa Business School, a Casa Árabe (com sede na capital espanhola) e a Universidade Rei Abdul Aziz da Arábia Saudita.

As finanças islâmicas se baseiam na proibição corânica da usura, por isso que os bancos islâmicos não podem cobrar nem pagar juros, ao tempo que também não podem financiar projetos relacionados ao jogo, armas de fogo e álcool.

Segundo a Casa Árabe, mais de 500 instituições atuam em mais de 75 países a esse tipo de finanças, que cresceram a um ritmo anual de 20%, impulsionadas pelos sucessivos "booms" petroleiros no Golfo Pérsico.

Com essa expansão, que chegou já à Europa, África, Estados Unidos e Ásia, os ativos dos bancos islâmicos - que são centrados na produtividade financeira e rejeita a especulação - chegaram a US$ 951 bilhões no final de 2008.

Suwailem está convencido do "bom potencial na América Latina", onde existe "uma comunidade árabe e muçulmana ampla", especialmente no Brasil, país no qual "há muitos árabes que emigraram do Líbano, Síria...".

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