Ministra do Desenvolvimento da Espanha, Ana Pastor: "é uma boa decisão porque as empresas tinham pedido um pouquinho mais de tempo", disse (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 13h09.
Fornells de la Selva - A ministra do Fomento da Espanha, Ana Pastor, comemorou nesta terça-feira a decisão do governo brasileiro de adiar a licitação do trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo, após o pedido dos consórcios de Espanha e Alemanha, que pretendem se apresentar no processo.
O governo anunciou ontem o adiamento da licitação para a construção do trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo por pelo menos por um ano, a quarta prorrogação desde 2010, quando o prazo para a apresentação das ofertas terminaria em 16 de agosto.
"É uma boa decisão porque as empresas tinham pedido um pouquinho mais de tempo", disse a ministra espanhola, que conversou na sexta-feira passada com o responsável pela licitação, Bernardo Figueiredo.
O adiamento da licitação é para Ana Pastor "uma boa decisão, porque as próprias empresas tinham pedido um pouquinho de tempo para apresentar uma grande oferta".
"Agradecemos muito ao secretário de Estado e ao ministro do Brasil, que são bons amigos, com os quais falamos permanentemente e a Espanha vai a estar presente com este grande projeto", acrescentou a ministra.
Ana justificou o pedido de mais tempo, pois se trata de "um projeto de mais de 6 bilhões de euros, um projeto que logicamente tem alguns requisitos".
O grupo espanhol que vai a apresentar oferta pelo trem-bala é composto pelas empresas públicas Adif, Renfe e Ineco e as privadas Talgo, Elecnor, Cobra (ACS), Abengoa, Indra, Thales, Bombardier e Dimetronic.
Ana Pastor disse que, "a Espanha não concorre para fazer a obra das plataformas, o nosso foco é a superestrutura, os trens, a tecnologia, a operação e, portanto, o que é preciso fazer é adaptar essa operação à infraestrutura. Por isso, os técnicos pediram mais tempo".
Ao ser perguntada se o adiamento oferece mais opções para o projeto espanhol, Ana afirmou que "outros países também pediram mais tempo".