O autor do relatório, Peter Adamson, defendeu que a taxa de pobreza infantil de um país "é o indicador mais importante que uma sociedade tem sobre si mesma" (Sueanna/ Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2012 às 14h17.
Genebra - Pouco mais de 17% das crianças espanholas vivem abaixo da linha da pobreza, uma taxa que situa o país como a quarta nação da União Europeia (UE) com a proporção mais alta de crianças pobres, atrás de Romênia, Letônia e Bulgária.
Segundo o relatório "Medindo a Pobreza Infantil nos Países Ricos", elaborado pela Unicef e divulgado nesta terça-feira, mais de 30 milhões de crianças em 35 países desenvolvidos vivem em situação de "pobreza relativa", um conceito diferente ao da pobreza absoluta que se mede comparando a receita das famílias em seu contexto nacional.
Para estabelecer este patamar, os especialistas ordenam de menor para maior os ingressos das famílias de todo um país e selecionam o valor situado no centro (a média), de tal forma que as famílias cuja receita não alcance uma determinada percentagem deste número sejam consideradas em situação de "pobreza relativa".
O estudo analisa 35 países da União Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e conclui que, aplicado o limite de 50% da média, a Espanha é o quinto país com maior percentagem de pobreza infantil relativa (17,1%), atrás de Romênia (25,5%), Estados Unidos (23,1%), Letônia (18,7%) e Bulgária (17,8%).
O autor do relatório, Peter Adamson, defendeu que a taxa de pobreza infantil de um país "é o indicador mais importante que uma sociedade tem sobre si mesma e que revela como está protegendo seus cidadãos mais vulneráveis".