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Espanha deixará de obrigar o uso máscara ao ar livre no dia 26 de junho

O uso da máscara ao ar livre foi imposto na Espanha em maio de 2020, a princípio somente quando não fosse possível manter uma distância segura. Depois, a obrigatoriedade do uso acabou se generalizando

 (Daniel Perez Garcia-Santos/Getty Images)

(Daniel Perez Garcia-Santos/Getty Images)

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AFP

Publicado em 18 de junho de 2021 às 11h18.

Os espanhóis poderão deixar de usar máscara ao ar livre a partir de 26 de junho, seguindo os passos da França, enquanto cresce a preocupação com a variante Delta do vírus, responsável pelo novo grande surto de covid-19 em Moscou, que registrou um recorde de casos.

Um dia depois que os franceses deixaram de usar obrigatoriamente a máscara ao ar livre, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que seus cidadãos poderão fazer o mesmo a partir de sábado 26 de junho.

"Este será o último fim de semana com máscaras ao ar livre, porque no próximo 26 de junho não as usaremos mais em espaços públicos", declarou Sánchez em um ato empresarial em Barcelona.

"Nossas ruas e nossos rostos recuperarão seu aspecto normal nos próximos dias", acrescentou.

O uso da máscara ao ar livre foi imposto na Espanha em maio de 2020, a princípio somente quando não fosse possível manter uma distância segura. Depois, a obrigatoriedade do uso acabou se generalizando.

A melhora da situação sanitária e a chegada em breve do verão boreal (inverno no Brasil), no qual a Espanha espera começar a recuperar os milhões de turistas perdidos pela pandemia, aumentaram a pressão para levantar esta medida, como França e Bélgica já fizeram.

Cepa Delta arrasa Moscou

Em contraste com esse otimismo, no entanto, cresce também a preocupação com a expansão da variante Delta, detectada inicialmente na Índia e considerada mais contagiosa. Esta variante já provocou uma onda devastadora nesse grande país do sul da Ásia.

Agora, a variante causa estragos em Moscou, onde representa quase 90% dos novos casos de covid-19, segundo o prefeito Serguei Sobianin.

A pandemia disparou na capital russa, que registrou 9.056 novas infecções em 24 horas. É um recorde desde o começo da pandemia, e o triplo do detectado duas semanas atrás.

Isso levou o prefeito, que há alguns dias impôs vacinações obrigatórias aos trabalhadores do setor de serviços, a decretar a suspensão de eventos de entretenimento em massa, assim como o fechamento de casas de festa e da área de torcida nas partidas de futebol da Eurocopa.

"Não queria fazer isso, mas temos que fazer", afirmou Sobianin.

A variante Delta é considerada responsável também por um inesperado surto de casos no Reino Unido, que adiou por quatro semanas o desconfinamento e ficará pelo segundo ano consecutivo sem o popular carnaval caribenho do bairro de Notting Hill.

Os organizadores desta colorida e animada festa justificaram seu adiamento pela "incerteza permanente e pelo risco representado pela covid-19".

Ela também preocupa na Alemanha, cujo ministro da Saúde anunciou, nesta sexta-feira, que metade de sua população - 41,5 milhões de 82 milhões - já recebeu pelo menos a primeira dose da vacina.

"A questão não é 'se', mas 'quando' a variante Delta será a dominante", disse o ministro Jens Spahn.

Vacinação desigual

A pandemia está afetando o mundo de forma muito desigual. O planeta registrou 9.750 novas mortes em 24 horas, elevando o balanço global de vítimas para 3.844.390 pessoas.

Quase metade desse número veio de três países: Brasil (2.311), Índia (1.587) e Colômbia (596).

O acesso às vacinas também é desigual, das quais já foram administradas 2,5 bilhões de doses em todo mundo, segundo uma contagem da AFP com base em dados oficiais.

De acordo com esses números, 72 em cada 100 habitantes dos países ricos receberam uma ou duas doses da vacina, proporção que cai para 1 em cada 100 habitantes nos países pobres.

Um dos contrastes mais significativos é entre Israel, com 5,1 milhões de pessoas completamente vacinadas (55% de sua população), e Palestina, que conta com apenas 260.000 habitantes com as duas doses na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Para amenizar essa situação, o novo governo israelense anunciou nesta sexta-feira que dará um milhão de doses "prestes a expirar" para a Autoridade Palestina, cuja sede de governo se encontra na Cisjordânia ocupada.

Além disso, os milhares de voluntários e responsáveis pelos Jogos Olímpicos de Tóquio começaram a receber a vacina. Permanece a dúvida sobre se a situação sanitária permitirá o acesso do público local às competições.

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