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Esforço por trégua em Gaza aumenta e Hamas apresentará resposta a Israel na segunda

O governo israelense enfrenta pressões crescentes, internas e no exterior, para estabelecer um acordo que permita acabar com quase sete meses de guerra em Gaza

Manifestantes carregam placas durante um encontro de familiares de reféns israelenses mantidos em Gaza desde os ataques de 7 de outubro por militantes do Hamas, em frente ao Ministério da Defesa na cidade costeira israelense de Tel Aviv, em 30 de março de 2024 (JACK GUEZ/AFP/AFP)

Manifestantes carregam placas durante um encontro de familiares de reféns israelenses mantidos em Gaza desde os ataques de 7 de outubro por militantes do Hamas, em frente ao Ministério da Defesa na cidade costeira israelense de Tel Aviv, em 30 de março de 2024 (JACK GUEZ/AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 28 de abril de 2024 às 11h44.

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Os esforços diplomáticos eram cada vez mais intensos neste domingo, 28, para alcançar uma trégua e a libertação dos reféns em Gaza. O movimento islamista palestino Hamas anunciou que responderá na segunda-feira à proposta mais recente de Israel para interromper os bombardeios no território.

"Uma delegação do Hamas, liderada por Khalil Al Hayya, chegará amanhã ao Egito [...] e apresentará a resposta do movimento" à proposta israelense, declarou uma fonte de alto escalão do grupo islamista palestino, que pediu anonimato, à AFP.

O governo israelense enfrenta pressões crescentes, internas e no exterior, para estabelecer um acordo que permita acabar com quase sete meses de guerra em Gaza, governada pelo Hamas desde 2007.

Khalil Al Hayya, número dois do braço político do movimento em Gaza, anunciou no sábado que o Hamas estava examinando a resposta a uma contraproposta de Israel.

Catar, Egito e Estados Unidos atuam como mediadores e tentam obter um novo cessar-fogo para o território estreito e devastado, onde quase toda a população está próxima de um cenário de fome, segundo a ONU.

O portal de notícias americano Axios informou, com base em dois funcionários de alto escalão do governo israelense, que a proposta mais recente do país inclui a vontade de debater o "restabelecimento de uma calma sustentável" em Gaza após a libertação de reféns.

Esta é a primeira vez em quase sete meses de guerra que as autoridades israelenses sugerem que estão abertas a discutir o fim da guerra, segundo o Axios.

Uma fonte do Hamas, que acompanha as negociações, declarou à AFP que o grupo está "aberto a discutir a nova proposta de maneira positiva".

A fonte acrescentou que o grupo deseja "alcançar um acordo que garanta um cessar-fogo permanente, o retorno dos deslocados, um acordo aceitável para a troca [de prisioneiros] e o fim do cerco em Gaza".

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Novo impulso às negociações

O Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 66 pessoas morreram nos bombardeios israelenses contra o território nas últimas 24 horas.

Os ataques atingiram as cidades de Khan Yunis e Rafah, no sul, assim como a Cidade de Gaza, no norte.

As esperanças de uma possível nova trégua coincidem com a pressão internacional para dissuadir Israel de invadir Rafah, uma cidade no sul da Faixa de Gaza que abriga 1,5 milhão de pessoas, a maioria deslocadas pela guerra.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou em um fórum econômico na Arábia Saudita que apenas o governo dos Estados Unidos pode impedir uma operação militar deste tipo, que seria "o maior desastre na história do povo palestino".

Abbas discursou no Fórum Econômico Mundial (WEF), que começou neste domingo em Riade, e conta com a participação de várias autoridades e mediadores no conflito, como o secretário de Estado americano Antony Blinken.

Apesar da ausência de representantes de Israel no evento, o fórum é uma "oportunidade para ter conversas estruturadas com figuras-chave, afirmou o presidente do WEF, o norueguês Børge Brende.

"Há um novo impulso nas conversações a respeito dos reféns, e também para... uma possível saída do impasse que enfrentamos em Gaza", acrescentou.

Mais de 34.000 mortos em Gaza

A guerra começou em 7 de outubro, quando milicianos do Hamas invadiram o sul de Israel e assassinaram 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses. Também sequestraram quase 250 pessoas.

A ofensiva de represália de Israel deixou mais de 34.450 mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

As autoridades israelenses calculam que 129 reféns permanecem em cativeiro em Gaza, incluindo 34 que morreram durante a guerra. A trégua de novembro permitiu a troca de 80 reféns por 240 prisioneiros palestinos.

O grupo islamista divulgou no sábado um vídeo em que dois reféns pedem ao governo israelense para negociar um acordo que permita sua libertação.

Pouco depois, uma multidão se reuniu em Tel Aviv para exigir a libertação dos reféns ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

"É hora de chegar a um acordo que nos tire daqui sãos e salvos... Continuem protestando, para que haja um acordo agora", disse Omri Miran, um dos dois reféns, na gravação.

No centro de Gaza, Mohammed al Hattab encontrou o filho de apenas um ano entre os escombros, após um bombardeio israelense contra o campo de refugiados de Nuseirat.

O menino está recebendo tratamento para uma fratura no crânio, enquanto o rosto de sua filha de dois anos ficou "desfigurado", disse à AFP.

O Exército israelense afirmou que atingiu dezenas de alvos terroristas. Israel, assim como Estados Unidos e União Europeia, considera o Hamas uma organização terrorista.

 

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