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Escritórios de emissora de televisão são incendiados em Kiev

O incêndio, que mais tarde foi controlado pelos bombeiros, foi causado por um grupo de 20 pessoas


	Kiev: uma bomba de fumaça foi lançada nos escritórios da emissora pró-Rússia
 (Getty Images/Joern Pollex)

Kiev: uma bomba de fumaça foi lançada nos escritórios da emissora pró-Rússia (Getty Images/Joern Pollex)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2016 às 15h25.

Kiev -- Uma bomba de fumaça foi lançada por desconhecidos neste domingo contra os escritórios em Kiev, a capital da Ucrânia, da emissora de televisão "Inter", que é considerada pró-Rússia, o que provocou um incêndio no segundo andar do edifício, informaram fontes policiais.

O incêndio, que mais tarde foi controlado pelos bombeiros, foi causado por um grupo de 20 pessoas que montaram várias barracas e ergueram barricadas perto da sede do canal de televisão, segundo escreveu no Facebook a porta-voz da polícia de Kiev, Oksana Blischik.

"Depois, segundo dados preliminares, uma bomba de fumaça foi lançada, o que causou o incêndio", acrescentou Oksana.

A porta-voz indicou que, por causa desses incidentes, foram detidas várias pessoas que protestavam contra a linha editorial da emissora de televisão, que consideram pró-Rússia. "A 'Inter' é a voz do Kremlin", diz uma pichação feita pelos manifestantes no muro do edifício.

Na última quarta-feira, o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, pediu ao Serviço de Segurança da Ucrânia e ao Comitê Nacional de Televisão que adotassem medidas contra o canal "Inter", ao qual acusou de ter "posições anti-ucranianas".

Além disso, Avakov exigiu a expulsão do país do analista político russo Igor Shuvalov, que dirige a linha editorial da "Inter", e que fosse aberta uma investigação contra o proprietário do canal, Sergei Levochkin.

Entre os argumentos do ministro do Interior para agir contra a "Inter" está uma troca de correspondências entre um responsável dos serviços de segurança da autoproclamada República Popular de Donetsk e colaboradores da "Inter" e da "Donbas", outra emissora de televisão.

Segundo Avakov, essa correspondência, divulgada na internet no início de agosto, revela que esses dois canais de televisão coordenam sua política informativa com as milícias separatistas pró-Rússia que atuam no leste do país.

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