Mundo

Escritor dinamarquês crítico ao Islã sai ileso de atentado

Um desconhecido tentou atingi-lo com um tiro na frente da sua casa em Copenhague, informou a polícia dinamarquesa


	Copenhagen, na Dinamarca: o escritor e jornalista dinamarquês sempre se posicionou como um duro opositor ao Islã e, em uma ocasião, já o comparou com o nazismo.
 (Wikimedia Commons)

Copenhagen, na Dinamarca: o escritor e jornalista dinamarquês sempre se posicionou como um duro opositor ao Islã e, em uma ocasião, já o comparou com o nazismo. (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 12h43.

Copenhague - O escritor dinamarquês Lars Hedegaard, conhecido por suas duras críticas ao Islã, saiu ileso de um atentado nesta terça-feira quando um desconhecido tentou atingi-lo com um tiro na frente da sua casa em Copenhague, informou a polícia dinamarquesa.

O agressor, que se fez passar por um carteiro, sacou uma pistola quando Hedegaard abriu a porta e disparou uma vez, mas o tiro passou raspando pela cabeça do escritor.

Em seguida, aconteceu uma briga e o indivíduo, de cerca de 25 anos e de aspecto estrangeiro, fugiu.

Meios de comunicação dinamarqueses afirmaram que o agressor tentou fazer um segundo disparo, mas que o gatilho emperrou, embora a polícia, que está realizando buscas na região, não tenha confirmado essa informação.

Vários políticos dinamarqueses condenaram o ataque, que a primeira-ministra, a social-democrata Helle Thorning-Schmidt, qualificou de "ato abominável".

Hedegaard, de 70 anos, é o presidente da Associação de Imprensa Livre, uma organização criada por ele em 2004, junto com membros destacados do ultranacionalismo dinamarquês, depois que o PEN Clube (Associação Mundial de Escritores) se negou a aceitá-lo como membro por considerar que suas críticas ao islamismo fomentavam o ódio.

O escritor e jornalista dinamarquês sempre se posicionou como um duro opositor ao Islã e, em uma ocasião, já o comparou com o nazismo.


Em entrevista afirmou que as mulheres muçulmanas eram violentadas "por seus tios, seus primos e seus pais", o que lhe valeu uma condenação por racismo, mas finalmente a Corte Suprema o absolveu por entender que as declarações tinham sido tiradas de uma conversa particular.

Hedegaard convidou para uma conferência na Dinamarca o deputado holandês de extrema direita Geert Wilders e fez uma viagem por vários países com o sueco Lars Vilks, famoso por retratar Maomé como um cachorro em 2007 e que esteve no ponto de mira de vários grupos fundamentalistas islâmicos. 

Acompanhe tudo sobre:CrimeDinamarcaEuropaIslamismoPaíses ricos

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA