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Escravidão moderna afeta milhões de pessoas, diz ONU

Na véspera do dia internacional pela abolição da escravidão, especialistas da ONU denunciam que a escravidão moderna afeta milhões de pessoas pelo mundo


	Trabalho escravo: ao menos 20,9 milhões de pessoas estão sujeitas a formas modernas de escravidão, diz ONU
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Agência Brasil)

Trabalho escravo: ao menos 20,9 milhões de pessoas estão sujeitas a formas modernas de escravidão, diz ONU (Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 20h20.

Genebra - Nesta segunda-feira, véspera do dia internacional pela abolição da escravidão, especialistas das Nações Unidas denunciaram a "escravidão moderna", que afeta milhões de pessoas no mundo todo, entre elas muitas crianças.

"Milhões de pessoas no mundo, entre elas muitas crianças, estão sujeitas à escravidão moderna, mas falta vontade política para enfrentar a situação", disseram os especialistas da ONU.

"Pelo menos 20,9 milhões de pessoas estão sujeitas a formas modernas de escravidão, que atinge principalmente mulheres e crianças", afirmou a sul-africana Urmila Bhoola, relatora especial das Nações Unidas sobre as formas contemporâneas de escravidão.

"Mais de 168 milhões de crianças trabalham, mais da metade em empregos precários e que colocam sua saúde em risco. É o caso do trabalho em minas e pedreiras", acrescentou.

Segundo a holandesa Maud de Boer-Buquicchio, relatora da ONU sobre a venda de crianças, "roubam a infância de milhões de crianças no mundo porque são vítimas de trabalhos forçados e exploração sexual".

O dia internacional pela abolição da escravidão é celebrado no dia 2 de dezembro, data em que, em 1949, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a convenção para extinguir o tráfico de pessoas.

A escravidão moderna inclui práticas como o trabalho forçado, a exploração, a servidão doméstica, os matrimônios forçados de crianças e a escravidão sexual.

Nesta terça-feira, o Papa Francisco e os líderes de diversas religiões do planeta - judeus, muçulmanos, ortodoxos, anglicanos, budistas e hindus - firmarão no Vaticano uma declaração conjunta na qual se comprometem a lutar contra a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos.

O documento será assinado na sede da Pontifícia Academia para as Ciências, no Vaticano, na presença dos rabinos Abraham Skorka e David Rosen, do Comitê Judeu Americano; do líder ortodoxo Emmanuel, da França, e do grande aiatolá iraquiano Mohammad Taqi al-Modarresi, entre outros.

No documento, os líderes religiosos se comprometem a erradicar a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos, e convidam os governo e chefes de Estado a apoiar publicamente tal iniciativa.

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