Vítima de bombardeio em Gaza: agência da ONU considerou o ataque israelense uma violação do direito internacional (Said Khatib/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 13h16.
Brasília - A Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (Unwra) acusou Israel de atacar uma escola usada como refúgio, na Faixa de Gaza, onde crianças e seus pais dormiam na noite de ontem (29).
A agência condenou o episódio considerado uma violação do direito internacional por parte das forças israelenses. “Crianças mortas durante o sono. Isso é uma afronta a todos nós, uma fonte de vergonha universal. Hoje o mundo está desgraçado”, disse comunicado da Unwra.
Segundo a agência, uma equipe foi ao local para colher provas e a avaliação inicial é que o Exército de Israel atacou a escola, onde 3,3 mil pessoas estavam refugiadas.
Ainda segundo a Unwra é cedo para confirmar o número oficial de mortos, mas houve múltiplas mortes de civis, além de crianças, mulheres e guardas da ONU feridos. “São pessoas que foram instruídas pelo Exército israelense a deixar suas casas”, acrescenta a agência das Nações Unidas.
De acordo com a agência, o local preciso da escola, Jabalia Elementary Girls School, e o fato de abrigar milhares de pessoas foram informados ao Exército de Israel 17 vezes, para garantir proteção. Segundo a agência, o último comunicado foi feito às 20h50 de ontem à noite (horário local), poucas horas antes do bombardeio.
A Unwra acrescenta que essa foi a sexta vez que uma das escolas da ONU é atacada.
Hoje (30), Israel anunciou uma trégua humanitária de quatro horas na operação militar na Faixa de Gaza. A trégua começou às 15h locais (9h em Brasília).