Bandeiras do Reino Unido (E) e da Escócia: escoceses permanecem indecisos sobre a separação do Reino Unido (Simon Dawson/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2014 às 15h00.
Edimburgo - O avanço de um partido eucrocético nas eleições da Inglaterra rendeu aos separatistas da Escócia uma nova arma em sua batalha para romper com o Reino Unido: um aviso de que só a independência poderá manter a Escócia dentro da União Europeia.
O Partido Nacional Escocês, que comanda o governo autônomo escocês, garantiu 29 por cento dos votos nas eleições europeias, uma ligeira queda em relação a 2009, mas, contrariando uma tendência na Inglaterra, onde venceu o partido de direita Ukip, que é contra a presença do Reino Unido na União Europeia.
O líder nacionalista escocês Alex Salmond já avisou que a maior ameaça para a permanência da Escócia na UE é a promessa do primeiro-ministro britânico, David Cameron, de realizar um referendo até o final de 2017 sobre a adesão ou saída do bloco.
As pesquisas mostram que os escoceses permanecem indecisos sobre a separação do Reino Unido, mas a ascensão do euroceticismo poderia convencer escoceses a votarem pela independência em 18 de setembro, como a única maneira de permanecer na União Europeia.
"O aumento no apoio ao partido anti-UE fora da Escócia poderia empurrar os eleitores mais vacilantes para a campanha de independência da Escócia", disse Holger Schmieding, economista-chefe do Berenberg Bank.
As pesquisas mostrem que até o momento é pouco provável que os escoceses votem pela separação, mas a proporção dos que querem a independência aumentou este ano. Muitos estão indecisos.
Embora a Escócia seja considerada mais pró-Europa do que a Inglaterra, o Ukip dobrou sua votação entre os escoceses desde 2009 e ganhou seu primeiro assento pela Escócia na eleição para o Parlamento Europeu.
Nacionalistas escoceses ganharam dois assentos, os Trabalhistas, dois assentos e os Conservadores, um. Os liberais democratas perderam o seu único assento.
"Com a ascensão do Ukip no sul da fronteira é mais importante do que nunca que a voz inconfundível da Escócia seja ouvida na Europa", disse a