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Erdogan visita Holanda em meio a polêmica sobre adoção

O encontro acontece para tentar acalmar as tensões pelo caso de um menino de origem turca cuja guarda foi concedida a um casal de lésbicas


	Mark Rutte recebe Erdogan em Haia: os pais biológicos querem recuperar a criança alegando que os  valores holandeses são muito diferentes dos pregados por seu país
 (Martijn Beekman/AFP)

Mark Rutte recebe Erdogan em Haia: os pais biológicos querem recuperar a criança alegando que os  valores holandeses são muito diferentes dos pregados por seu país (Martijn Beekman/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 11h33.

Haia - O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, chegou na noite de quarta-feira a Haia, onde se reunirá nesta quinta-feira com o chefe de Governo holandês, Mark Rutte, para tentar acalmar as tensões entre ambos os países provocadas pelo caso de um menino de origem turca cuja guarda foi concedida a um casal de lésbicas.

Embora Erdogan e Rutte não tenham expressado publicamente seus pontos de vista sobre o tema, membros de seus respectivos governos aumentaram a pressão em ambas as partes.

Ancara protesta contra a concessão da guarda de um menino a um casal de mulheres holandesas, cujos valores são considerados muito diferentes dos pregados por seu país de origem e por seus pais biológicos, que querem recuperar o filho.

Haia, por sua vez, não vê com bons olhos a tentativa da Turquia de interferir neste caso.

O principal motivo da visita de Erdogan à Holanda é reforçar as relações econômicas e diplomáticas entre os dois países, mas a recente disputa sobre Yunus, de 9 anos, entrou na agenda.

Em uma carta dirigida aos deputados holandeses, o ministro das Relações Exteriores deste mesmo país, Frans Timmermans, indicou que Haia explicará à delegação turca que a escolha das famílias de acolhida é um processo levado muito a sério na Holanda.

"As crianças holandesas de origem turca enviadas à Holanda competem à lei holandesa", acrescentou.

Yunus havia sido entregue aos cuidados dos serviços de proteção da infância quando tinha apenas alguns meses de vida por suspeitas de maus-tratos por parte de seus pais biológicos.

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