Mundo

Erdogan sofre derrota em tentativa de controle do Judiciário

Lei que reforçava o controle governamental sobre o Judiciário foi anulada parcialmente


	Recep Tayyp Erdogan: tribunal disse ter revogado os artigos que concediam poderes extraordinários ao ministro da Justiça sobre o Conselho Superior dos Juízes e Promotores
 (Krisztian Bocsi/Bloomberg)

Recep Tayyp Erdogan: tribunal disse ter revogado os artigos que concediam poderes extraordinários ao ministro da Justiça sobre o Conselho Superior dos Juízes e Promotores (Krisztian Bocsi/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 10h14.

São Paulo - A Corte Constitucional da Turquia anulou parcialmente nesta sexta - feira uma lei que reforçava o controle governamental sobre o Judiciário, num golpe a uma reforma que críticos veem como uma tentativa de abafar um escândalo de corrupção envolvendo o Poder Executivo.

Em nota, o tribunal disse ter revogado os artigos que concediam poderes extraordinários ao ministro da Justiça sobre o Conselho Superior dos Juízes e Promotores, que indica ocupantes para cargos judiciais.

O governo de Erdogan enfrenta um escândalo de corrupção desde dezembro, quando empresários governistas e filhos de ministros foram alvo de ações policiais. O premiê já afastou milhares de policiais e funcionários judiciais de seus cargos, alegando estar em campanha para extirpar um subversivo "Estado paralelo".

O Partido Popular Republicano, o principal da oposição, pediu em fevereiro à Justiça que revogasse a lei sobre o controle do Judiciário, alegando que ela viola o princípio de separação entre os poderes e independência dos tribunais.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCorrupçãoEscândalosEuropaFraudesLegislaçãoPolíticaTurquia

Mais de Mundo

'É engraçado que Biden não perdoou a si mesmo', diz Trump

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista