Acidente de trem: as ferrovias sofrem com uma falta de investimento crônica que deixou a malha do país com trilhos envelhecidos e vagões antiquados (Sanjay Kanojia/AFP)
Reuters
Publicado em 21 de novembro de 2016 às 17h47.
Pukhrayan, Índia - Equipes de resgate da Índia encerraram nesta segunda-feira uma busca por sobreviventes nos vagões retorcidos de um trem descarrilado depois de retirarem mais corpos dos destroços, estimando em ao menos 146 o saldo de mortos no desastre.
O descarrilamento ocorrido no domingo em Uttar Pradesh, Estado do norte indiano, foi a tragédia ferroviária mais mortífera da Índia desde 2010 e renovou as preocupações com a segurança precária das ferrovias administradas pelo governo.
Essenciais para milhões, as ferrovias sofrem com uma falta de investimento crônica que deixou a malha do país com trilhos envelhecidos e vagões antiquados.
As equipes de socorro trabalharam noite adentro em busca de sobreviventes antes de a polícia interromper as buscas nos 14 vagões que descarrilaram nas primeiras horas do dia, quando a maioria dos passageiros dormia.
"As operações de resgate estão encerradas. Não esperamos encontrar mais corpos", disse Zaki Ahmed, inspetor-geral de polícia da cidade de Kanpur, que fica a cerca de 65 quilômetros de Pukhrayan, o local do acidente.
Desde então todos os vagões foram retirados dos trilhos.
O descarrilamento feriu quase 200 pessoas, dezenas delas seriamente, disseram autoridades. Após a tragédia, parentes lotaram os hospitais em busca de sobreviventes.
Um porta-voz da ferrovia disse que o trem levava mil pessoas viajando com passagens reservadas, mas que se estima que outras 700 se espremeram nos vagões sem reserva.