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Equipes enfrentam tempo ruim na busca por avião da AirAsia

Autoridades disseram que mais de 20 corpos foram até agora recuperados, além de pedaços do avião, nas buscas comandadas pela Indonésia do voo QZ8501

Caixas com restos de vítimas do voo QZ8501: causas do acidente permanecem sem explicação (Darren Whiteside/Reuters)

Caixas com restos de vítimas do voo QZ8501: causas do acidente permanecem sem explicação (Darren Whiteside/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 08h36.

Pangkalan Bun/Surabaya - Embarcações e aviões procuravam na costa de Borneo nesta sexta-feira os destroços do jato de passageiros indonésio da AirAsia, mas o tempo ruim estava novamente prejudicando as buscas pelo avião e pela caixa-preta com as gravações de voo que devem revelar os motivos do acidente.

Autoridades disseram que mais de 20 corpos foram até agora recuperados, além de pedaços do avião, nas buscas comandadas pela Indonésia do voo QZ8501, que estão concentradas numa área no Mar de Java.

Ventos fortes e mar agitado impediram os mergulhadores de procurarem pela fuselagem do Airbus A320-200, que caiu na água no domingo, na rota entre Surabaya, a segunda maior cidade indonésia, e Cingapura, com 162 pessoas a bordo.

“As ondas podem alcançar cinco metros nesta tarde, maiores do que ontem”, afirmou o piloto de helicóptero da Força Aérea capitão Tatag Onne, que tem participado de missões para resgatar corpos e recuperar destroços do mar.

“Procuramos por brechas nas nuvens, onde as condições melhoram, para que possamos nos aproximar. Ontem, quando fomos recuperar um corpo do mar, não conseguimos, porque o corpo estava sendo movimentado pelas ondas. Às vezes podíamos ver, às vezes não podíamos.” 

A operação internacional de busca, com base em Pangkalan Bun, cidade ao sul de Borneo mais próxima à área de resgate, recebeu na sexta o apoio de especialistas franceses que trabalham em todos os acidentes com Airbus.

Autoridades afirmaram que os sofisticados equipamentos da equipe francesa de detecção acústica debaixo d’água, além de outros sonares trazidos por equipes estrangeiras, não tiveram como ser usados na sexta por causa das grandes ondas.

“O mar tem que estar calmo”, disse o general Sunarbowo Sandi, da agência de resgate da Indonésia. “Não temos como operar com o tempo ruim."

No entanto, ele acrescentou, embarcações da Indonésia, dos Estados Unidos e Cingapura usavam os seus sonares para uma varredura no fundo do mar.

As causas do acidente, o primeiro da AirAsia desde que grupo começou a operar em 2002, permanecem sem explicação.

Investigadores trabalham com a hipótese de que o avião deve ter apresentado problemas ao dar uma guinada acentuada para cima para evitar uma tempestade, 40 minutos depois da decolagem do voo que deveria levar duas horas.

Autoridades haviam dito que poderia levar uma semana para encontrar a caixa preta, equipamento que os investigadores esperam que revele os eventos da cabine de controle antes do acidente.

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