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Equipe de Trump teria sido espionada pelos Emirados Árabes, diz site

Em 2017, o empresário Rashid al-Malik teria recebido milhares de dólares por mês para coletar informação sobre a política de Trump no Oriente Médio

EUA: o empresário era informante da Agência Nacional de Inteligência dos Emirados Árabes Unidos (Chris Jackson/Reuters)

EUA: o empresário era informante da Agência Nacional de Inteligência dos Emirados Árabes Unidos (Chris Jackson/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de junho de 2019 às 16h43.

Ligado a uma investigação sobre doações ilegais para a campanha de Donald Trump, o empresário Rashid al-Malik obteve pagamentos da agência de Inteligência de seu país, os Emirados Árabes Unidos, para espionar a equipe do presidente americano - informou o veículo The Intercept na segunda-feira (10).

Al-Malik recebeu milhares de dólares por mês para coletar informação sobre a política do governo de Trump em relação ao Oriente Médio, em 2017, publicou o portal de notícias, citando um ex-funcionário americano e documentos.

O empresário manteve informada a Agência Nacional de Inteligência dos Emirados Árabes Unidos (EAU) sobre temas de interesse do país petroleiro, incluindo os esforços dos Estados Unidos para mediar as tensões entre países do Golfo e do Catar, além de entregar informações sobre as reuniões entre funcionários americanos e o poderoso príncipe saudita Mohammed bin Salman, acrescentou The Intercept.

No ano passado, os jornais "The New York Times" e "The Wall Street Journal" noticiaram que procuradores americanos investigavam se havia estrangeiros direcionando doações ilegais para a Comissão de Posse de Trump e para grupos de arrecadação de doações ligados a Trump.

CEO da empresa de investimentos Hayah Holdings, Al-Malik foi interrogado pela equipe do procurador especial Robert Muller, no âmbito de sua investigação sobre as ingerências externas nas eleições de 2016, disse o NYT.

O jornal nova-iorquino citou pessoas ligadas à investigação que disseram que os agentes se concentraram em questionar se havia pessoas de Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos usando terceiros para fazer contribuições, na expectativa de influenciar a política americana.

Esta informação foi desmentida pelo advogado de Al-Malik, que disse ao Intercept que seu cliente "não é um operador de Inteligência".

"Nunca foi 'encarregado' de entregar informações sobre a organização interna do governo de Trump", escreveu Bill Coffield, em e-mail dirigido ao site.

O que seu representante admitiu é que, "em várias oportunidades", Al-Malik discutiu ideias de negócios dos EAU nos Estados Unidos.

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