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Equador suspenderá apoio a negociações de paz do ELN

Lenín Moreno disse que país não será garantidor de tratativas entre o governo colombiano e rebeldes enquanto guerrilhas continuarem ataques

ELN: negociações entre o governo da Colômbia e a guerrilha já duram 14 meses (Federico Rios/Reuters)

ELN: negociações entre o governo da Colômbia e a guerrilha já duram 14 meses (Federico Rios/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2018 às 18h37.

O presidente do Equador, Lenín Moreno, disse nesta quarta-feira que seu país irá suspender seu papel como país garantidor nas negociações de paz entre o governo colombiano e rebeldes do Exército da Libertação Nacional (ELN) enquanto as guerrilhas continuarem com os ataques.

As negociações que já duram 14 meses entre a Colômbia e o ELN, fundado em 1964 por padres católicos radicais, foram retomadas em Quito no mês passado após uma pausa de seis semanas marcada por mortes de ambos os lados. O primeiro cessar-fogo já registrado entre os dois lados terminou em janeiro.

"Eu pedi ao ministro do Exterior do Equador para colocar um freio nas negociações e um freio no nosso papel como país garantidor do processo de paz enquanto o ELN não se comprometer a parar com as ações terroristas", disse Moreno em entrevista ao canal colombiano NTN24.

Moreno não especificou a quais ações terroristas ele se referia, mas o ELN tem continuado com sequestros e explosões de oleodutos durante as negociações.

Brasil, Chile, Cuba, Noruega e Venezuela também são países garantidores. As negociações podem ser realocadas de Quito por conta da decisão do Equador.

O governo da Colômbia disse que até agora não tinha comentário.

Um representante do ELN disse à Reuters que o grupo se encontraria com os governos da Colômbia e Equador e outros países garantidores em busca de uma solução.

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