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Equador quer explorar petróleo em área de proteção ambiental

Rafael Correa anunciou que pretende explorar campo no Parque Yasuni, na Amazônia equatoriana


	Presidente equatoriano, Rafael Correa: presidente desistiu de projeto de proteger a área para poder explorar petróleo
 (Rodrigo Buendia/AFP)

Presidente equatoriano, Rafael Correa: presidente desistiu de projeto de proteger a área para poder explorar petróleo (Rodrigo Buendia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 22h49.

Bogotá - O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou na noite dessa quinta-feira (15) que pretende explorar petróleo cru no Parque Yasuni, na Amazônia equatoriana. A região havia sido escolhida pelo governo em 2007 para ser uma área de proteção ambiental, sem exploração petrolífera, em troca de compensação econômica internacional, o chamado projeto Yasuni-ITT.

Rafael Correa disse que desistiu do projeto Yasuni-ITT, porque a contrapartida financeira não foi cumprida. “O fator fundamental do fracasso [do projeto] é que o mundo é uma grande hipocrisia”, justificou em cadeia nacional de rádio e televisão.

Com o programa, Rafael Correa pretendia proteger parte da Floresta Amazônica ao deixar de explorar petróleo no Parque Yasuni, área ambiental protegida. Segundo Correa isso teria evitado que 407 milhões de toneladas de dióxido de carbono fossem lançadas na atmosfera.

O presidente disse que até o momento foram depositados na conta do projeto pouco mais de 13 milhões de dólares, o equivalente a 0,37% do total esperado. O Yasuni-ITT foi criado com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e tinha como meta conseguir US$ 3,6 bilhões em 12 anos. Isso representaria 50% do que o Equador poderia receber com a exploração do petróleo no local.

A iniciativa de compensação ambiental previa manter as reservas intactas. O governo colombiano estima que no bloco existam 383 milhões de barris – 20% das reservas do país. Para levar adiante a proposta, Correa precisa de permissão do Legislativo equatoriano. A área foi declarada reserva natural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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