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Equador espera "revolucionar" na Rio+20

Espinosa lembrou que a proposta central do Equador para a Conferência gira em torno do paradigma do "Bom Viver"

O Equador propõe recuperar as culturas como fundamento na construção de sociedades sustentáveis, (Rodrigo Buendia/AFP)

O Equador propõe recuperar as culturas como fundamento na construção de sociedades sustentáveis, (Rodrigo Buendia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 16h25.

Quito - O Equador quer "revolucionar" com ideias "audazes" na próxima Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), disse nesta sexta-feira em entrevista a ministra coordenadora de Patrimônio, María Fernanda Espinosa.

Espinosa lembrou que a proposta central do Equador para a Conferência, que acontece no Brasil dos dias 20 a 22 de junho próximos, gira em torno do paradigma do "Bom Viver" como uma alternativa ao desenvolvimento.

Além disso, pretende impulsionar a declaração universal dos direitos da natureza, como consta da Constituição equatoriana, e que se refere, entre outros, ao direito a existir, a garantir os ciclos ecológicos de manutenção e reprodução, e à reparação dos danos ambientais.

O Equador propõe também buscar o estabelecimento de uma nova ordem econômica internacional e uma nova arquitetura financeira.

Na reunião do Rio, o Equador também proporá incluir no pilar do desenvolvimento sustentável o tema da cultura como articuladora e geradora do equilíbrio entre o econômico, o social e o ambiental.

O Equador propõe recuperar as culturas como fundamento na construção de sociedades sustentáveis, "dada a incidência direta na qualidade de vida da população, ao potencializar modelos de economia popular e solidária, promover respeito aos direitos humanos e à sabedoria ancestral", entre outros.

Espinosa comentou que na Conferência Rio+20 se espera conseguir "acordos mínimos" sobre temas fundamentais com a região através da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac).

Para a ministra, as reuniões internacionais sobre meio ambiente "não resolvem os problemas de humanidade, mas geram um mapa do caminho, uma via, um horizonte para ver por onde vamos caminhar".

"No Rio estamos esperando escutar quem é quem", assinalou a ministra, ao assegurar que as negociações sempre são "muito complicadas". 

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