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Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2012 às 21h09.
Quito - O governo do Equador negou as declarações da ministra da Defesa do Paraguai, María Liz García, que acusou o embaixador equatoriano em Assunção, Julio Prado, de participar de conversas com os comandantes das Forças Armadas paraguaias para instigar uma sublevação.
Em comunicado divulgado pela Chancelaria de Quito, a embaixada equatoriana afirma que essa declaração ''não se ajusta à verdade do ocorrido'' e ''desmentiu categoricamente'' as declarações de García, ''nas quais se pretende vincular o embaixador equatoriano Julio Prado em supostas conversas com chefes militares paraguaios''.
''É de público e notório conhecimento que a presença do embaixador Julio Prado no Palácio Presidencial na sexta-feira passada estava unicamente em função de acompanhar o senhor ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, às reuniões de chanceleres da Unasul, tal como o fizeram os demais embaixadores da região'', acrescentou.
A embaixada indicou que ''essas tendenciosas acusações servem apenas para fomentar a discórdia e a desinformação''.
García acusou nesta quinta-feira a Venezuela de ter instigado uma sublevação das Forças Armadas durante as tensas horas do último dia 22, nas quais o Senado paraguaio submeteu a um julgamento político o então presidente Fernando Lugo, que culminou com o impeachment do ex-bispo.
A ministra disse que o suposto instigador teria sido o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, que naquele dia se encontrava em Assunção como parte da delegação da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
Segundo García, Maduro se reuniu no Palácio Presidencial, acompanhado de Prado, com os comandantes das Forças Armadas paraguaias.