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Equador apoia candidato brasileiro à OMC

Segundo autoridade, os equatorianos são favoráveis à eleição de Roberto Azevêdo porque se identificam com o Brasil nas negociações multilaterais


	Azevêdo disputa o cargo de diretor-geral com o mexicano Herminio Blanco
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Azevêdo disputa o cargo de diretor-geral com o mexicano Herminio Blanco (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 10h05.

Brasília - O Equador confirmou apoio à candidatura do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, à direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse ontem (2) que os equatorianos são favoráveis à eleição de Azevêdo porque se identificam com o Brasil nas negociações multilaterais.

“Estamos falando de identidade de conceitos e de apoio ao sistema político comercial. O mundo não está destinado a ser apenas um grande mercado, mas pensamos na integração e na conversão”, ressaltou Patiño, que se reúne com o chanceler Antonio Patriota, no Equador.

Azevêdo disputa o cargo de diretor-geral com o mexicano Herminio Blanco. Ontem ambos passaram o dia em sabatinas com representantes da União Europeia, em Genebra (Suíça). O primeiro a ser questionado foi Blanco, depois Azevêdo. Cada um teve dez minutos para a apresentação e mais 50 minutos para responder às perguntas.

Nos últimos dias, Azevêdo intensificou a campanha em busca de apoio nesta etapa final. Segundo assessores, o embaixador começa o dia antes das 8h e acaba depois das 23h. São reuniões, telefonemas e conversas que ocupam as manhãs, tardes e noites do diplomata. A decisão final da disputa é esperada para o dia 29 de maio, mas é possível que o resultado seja divulgado antes. O novo diretor-geral da OMC tomará posse em 31 de agosto, em substituição ao francês Pascal Lamy.

Azevêdo ocupa desde 2008 o cargo de representante permanente do Brasil na OMC. O mexicano Hermínio Blanco é economista e ex-ministro de Comércio e Indústria do México. Independentemente do eleito, será a primeira vez que o órgão será comandado por um latino-americano.

Na eleição da OMC, cada um dos 159 países que integram o órgão vota no nome de sua preferência. A escolha é feita em três etapas. Inicialmente, havia 11 nomes e todos os candidatos concorrem. Para a segunda etapa, encerrada no dia 25, ficaram cinco candidatos. Nesta última fase são apenas dois.

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