Médico trata paciente com ebola: vice-diretor-geral da OMS indicou que propagação da epidemia, que começou no Sul da Guiné, ampliando-se através da capital Conakry e o país vizinho da Libéria, é muito preocupante (Christopher Black/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 13h45.
A epidemia de febre Ebola na África Ocidental é uma das que mais desafios apresenta desde o seu aparecimento, há 40 anos, indicou nesta terça-feira o vice-diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Keiji Fukuda.
Em coletiva de imprensa em Genebra, Fukuda indicou que a propagação da epidemia, que começou no Sul da Guiné, ampliando-se através da capital Conakry e o país vizinho da Libéria, é muito preocupante.
Segundo as últimas cifras publicadas nesta terça-feira pela OMS, há 157 casos suspeitos na Guiné, entre eles 101 mortes. Sessenta e sete casos foram confirmados por laboratório. Vinte casos foram registrados na cidade portuária de Conakry.
Na Libéria, há 21 casos, entre eles 10 mortos. Cinco casos foram confirmados por laboratório.
Há suspeita de casos na Serra Leoa e Mali.
O vírus do Ebola foi identificado pela primeira vez nos anos 1970, no que hoje é a República Democrática do Congo.
As epidemias mais violentas geraram taxas de mortalidade da ordem de 90%, e não há vacinas ou tratamento.
A mais importante epidemia até agora aconteceu no ano 2000, em Uganda, com 425 casos, a metade dos quais resultou em morte.
A febre do Ebola causa hemorragias, vômitos e diarreias.
O vírus é talvez transmitido ao homem por animais selvagens e de humano para humano por contato diretos.