Estudantes de escola secundária da Nigéria participam de limpeza coletiva contra o ebola (AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2014 às 17h23.
Washington - A epidemia de ebola na Nigéria parece estar perto do fim, graças a uma intervenção rápida e coordenada, anunciaram nesta terça-feira os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Se antes de quinta-feira, 2 de outubro, não for declarado nenhum caso novo, será possível assegurar que a expansão do vírus foi contida.
O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, tinha dito na quarta-feira passada, na tribuna da ONU, que seu país não era mais afetado pela epidemia de ebola.
O fim de uma epidemia pode ser oficialmente declarado quando o período de incubação, de no máximo 21 dias, termina sem que tenham aparecido novos casos, explicaram os CDC em seu site na internet.
Desde 31 de agosto não se registram novos casos de ebola na Nigéria e as três últimas pessoas que tiveram contato com um doente superarão o período de incubação de no máximo três semanas na quinta-feira.
A Nigéria, o país mais populoso da África, reconheceu 19 casos de ebola e sete mortes por causa da doença. A Organização Mundial da Saúde reportou 20 casos e oito mortes.
Cerca de 900 pessoas que tiveram contato com os doentes foram identificadas e estão em acompanhamento médico.
"A resposta maciça do país após o primeiro caso de ebola demonstra ser possível controlar a infecção", disse o diretor dos CDC, Tom Frieden.
A epidemia de ebola, a mais grave desde o aparecimento do vírus, em 1976, causou a morte de 3.093 pessoas, cerca da metade dos 6.574 infectados registrados pela Organização Mundial da Saúde, segundo informe de 23 de setembro. Libéria, Serra Leoa e Guiné são os países mais afetados.