Mundo

Entusiasmo e nervosismo aumentam na véspera do casamento real

A algumas horas da cerimônia, o entusiasmo e o nervosismo aumentam em frente à Abadia de Westminster, o templo medieval onde os noivos reais dirão "Sim"

Segundo o gabinete de turismo britânico, cerca de 600 mil pessoas chegaram à capital para o casamento real (Chris Jackson/Getty Images)

Segundo o gabinete de turismo britânico, cerca de 600 mil pessoas chegaram à capital para o casamento real (Chris Jackson/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 20h33.

Londres - Kate Middleton usará tiara? Quem teria desenhado o vestido? E William, vestirá uniforme? Vão se beijar ao sair da igreja?, perguntavam-se milhares de curiosos que invadiram Londres para o casamento mais midiático da história.

A algumas horas da cerimônia, o entusiasmo e o nervosismo aumentam em frente à Abadia de Westminster, o templo medieval onde os noivos reais dirão "Sim" na sexta-feira, e onde centenas de turistas, curiosos e fãs da monarquia acampam.

Nos arredores do luxuoso hotel Goring, onde Kate passará sua última noite de solteira com sua família, agrupam-se também dezenas de repórteres, muitos deles dispostos a permanecer no local até a saída da futura princesa, na sexta-feira pouco antes das 11H00 local (10H00 GMT, 07H00 de Brasília).

Apesar de uma barreira ter sido levantada, os repórteres esperam vislumbrar o vestido de noiva, o segredo mais bem guardado deste casamento, que, segundo as apostas, teria sido criado por Sarah Burton, a sucessora do falecido Alexander McQueen.

Segundo o gabinete de turismo britânico, cerca de 600 mil pessoas chegaram à capital para o casamento real, que será coberto por cerca de 8 mil jornalistas e acompanhado por 2 bilhões de pessoas no mundo.

"Sou uma romântica incorrigível e este é o casamento do século. Como eu não estaria aqui?", disse à AFP Carole Foster, que chegou na quarta-feira do Canadá para assistir, de longe, ao casamento, e se surpreendeu ao ver tanta gente em frente à Abadia, disposta, como ela, a "desafiar a chuva e noites sem dormir".

O ambiente nos arredores do charmoso templo construído há dez séculos tem ares de festa, com bandeiras britânicas e balões vermelhos e brancos que dão um toque especial ao local, enquanto repórteres do mundo inteiro entrevistam todos os que querem falar sobre o grande evento, inclusive crianças.

A multidão colorida e barulhenta aplaudiu e gritou quando viu chegar à Abadia, nesta quinta-feira de manhã, um comboio de veículos pretos nos quais viajavam Kate e o príncipe Harry, o irmão mais novo de William.

A noiva, acompanhada de sua irmã Pippa, madrinha de casamento, dos pajens e das damas de honra, entrou na Abadia para o último ensaio antes da cerimônia.

Além disso, o ambiente se alegrou com a música e o som das trombetas da banda da Royal Air Force, que tocarão no casamento e que chegaram também na Abadia para um último ensaio.

Dezenas de pessoas de todo o mundo, de México à Austrália, estão perto do Palácio de Buckingham, preparando-se para dormir em seus arredores sem ter nem mesmo a proteção de uma barraca.

"Desde que o casamento foi anunciado, em novembro, sonhei em vir", disse Lorena Sánchez Aguirre, uma jovem venezuelana que se "identifica" com a decisão de Kate Middleton de não prometer "obediência" ao seu marido. "É uma noiva moderna, e gosto disto", opinou.

Outra das entusiastas é a britânica Felicity Asprey, de "mais de 80 anos", que chegou de Norfolk para "gritar felicidade aos noivos".

Asprey, que começou a economizar para esta viagem desde o anúncio do compromisso, lembrou que era muito jovem quando a rainha Elizabeth se casou, mas que ainda se lembra bem desde dia de 1947.

"Eram, como hoje, tempos de austeridade, mas meus pais me trouxeram a Londres. E foi tudo tão cheio de alegria, tudo tão bonito - Elizabeth, seu vestido, a carruagem - que isso levantou o espírito da nação. E talvez este casamento fará o mesmo para o país", disse esperançosa.

Com o aumento do número de curiosos, a presença policial foi reforçada. A Scotland Yard, cuja reputação está em jogo no casamento real após várias intervenções muito criticadas nos últimos meses, mobilizou cerca de 5 mil policiais.

A polícia, que já isolou várias ruas nos arredores da Abadia e do Palácio de Buckingham, onde ocorre um almoço após a cerimônia, fez ainda prisões preventivas de pessoas que participaram de distúrbios durante as manifestações contra o plano de ajuste do governo.

Em Londres todos os idiomas são ouvidos, com apresentadores de canais de televisão do mundo inteiro fazendo suas transmissões nesta quinta-feira nos arredores da Abadia de Westminster, do Hotel Goring e do Palácio Real, para cobrir o evento que, estima-se, será visto por 2 bilhões de pessoas em 180 países.

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesEuropaFamília real britânicaPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru