Equipes ajudam população afetada pelo tufão Haiyan, nas Filipinas (Edgar Su/Reuters)
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 13h29.
São Paulo - Foi como se o inferno resolvesse rodopiar bem em cima da terra. A passagem do super tufão Haiyan pelas Filipinas deixou estragos parecidos com os provocados pelo tsunami no Japão em 2011: navios “ancorados” sobre casas em ruínas, corpos estirados nas estradas a espera de reconhecimento, escolas, igrejas, lojas, ruas e postes, tudo revirado do avesso.
A Cruz Vermelha Filipina estima que pelo menos 1.700 pessoas foram mortas pela tempestade, mas esse número pode crescer à medida que as equipes de resgate abrem caminho entre as áreas mais remotas atingidas por Haiyan. Outros estimam um número de vítimas fatais maior: segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, cerca de 10 mil pessoas podem ter morrido em todo o país.
Os sobreviventes têm pela frente um longo e sombrio caminho para recuperação. Faltam comida, água, medicamentos e roupas. Em ato de desespero, alguns sobreviventes recorrem aos saques, inclusive dos caminhões de ajuda, segundo jornalistas.
Depois de devastar as Filipinas, o tufão Haiyan seguiu para o nordeste do Vietnã no início desta segunda-feira, com ventos fortes que obrigaram centenas de milhares de pessoas a evacuar. Em seguida, chegou à região de Guangxi Zhuang, na China, onde matou pelo menos quatro pessoas.
*matéria atualizada às 16h